Política

Proposta para nova versão do auxílio custaria até 65% menos

Uma nova versão do auxílio emergencial, segundo proposta elaborada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), contemplaria até 95 milhões de pessoas a um custo mensal de R$ 8 bilhões (uma redução de 65% em relação ao benefício pago no ano passado), evitando que esses brasileiros fiquem desamparados durante a pandemia do novo coronavírus e com um comprometimento menor das contas públicas.

—> Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito, todos os dias, em seu e-mail

Um dos marcos das políticas de apoio aos mais vulneráveis durante a pandemia de covid-19, o auxílio emergencial foi pago, inicialmente, em parcelas de R$ 600 – e de R$ 1,2 mil para famílias comandadas por mães solteiras. Em setembro, no entanto, o benefício passou a ser de R$ 300 e o programa durou até o fim do ano passado.

O custo do programa é calculado em R$ 40 bilhões mensais na primeira fase e em R$ 20 bilhões após a redução das parcelas. Como efeito da pandemia, a pobreza no País teria subido de 25%, em 2019, para 30% no começo do ano. No caso da extrema pobreza, a alta foi de 7% para 10%.

Apesar de, em um primeiro momento, o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter sugerido o pagamento de três parcelas de R$ 200 aos mais vulneráveis no começo das medidas de distanciamento social em 2020, o benefício acabou sendo aumentado pelo Congresso, até chegar ao valor final de R$ 600. Uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que deverá ser votada amanhã para um novo marco fiscal, prevê a autorização para recriar o auxílio.

A proposta do CLP, com base em dados do Ministério da Cidadania, criaria dois formatos de benefício: um, de R$ 50, para cada pessoa de uma família já beneficiada pelo programa Bolsa Família, e outro, de R$ 100, para quem recebeu o auxílio emergencial no ano passado, mas não fazia parte do Bolsa Família antes. Por mês, o programa custaria R$ 8 bilhões, uma redução de quase 65% em relação à última fase do auxílio.
Na avaliação do fundador do CLP, Luiz Felipe DAvila, é preciso manter o auxílio para dar um novo suporte aos mais vulneráveis enquanto a economia não se recupera por completo, por conta do avanço no número de casos de covid-19, mas de uma forma sustentável.

“O auxílio foi e ainda é necessário, mas precisa ser ajustado de forma responsável. No ano passado, todos achavam que seria uma medida curta, que não seria necessário estendê-la por tanto tempo, mas não podemos cometer o mesmo erro agora. É preciso ter um benefício que seja de acordo com a capacidade fiscal”, diz o cientista político.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Douglas Gavras

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Lucro da AIG cresce e atinge US$ 1,22 bilhão no 1º trimestre

A seguradora American International Group (AIG) teve lucro líquido de US$ 1,22 bilhão no primeiro…

6 horas ago

Valor de fusões e aquisições cresce no 1º tri, puxado por cadeias de suprimento, diz GlobalData

O valor total dos negócios de fusões e aquisições entre empresas cresceu 38% no primeiro…

6 horas ago

Correção: Lucro da Qualcomm cresce 37% e atinge US$ 2,326 bilhões no 2º trimestre fiscal

A matéria divulgada anteriormente foi publicada com uma incorreção no título. O lucro da Qualcomm…

6 horas ago

Lucro da Qualcomm cresce 37% e atinge US$ 2,326 bilhões no 1º trimestre

A Qualcomm registrou lucro líquido de US$ 2,326 bilhões no segundo trimestre fiscal de 2024,…

7 horas ago

Na China, fabricantes de veículos elétricos veem vendas crescerem em abril

A BYD e uma série de outras fabricantes chinesas de veículos elétricos registraram vendas e…

8 horas ago

NYCB tem prejuízo de US$ 335 milhões no 1º tri, mas define plano para retorno à lucratividade

O New York Community Bancorp (NYCB) informou nesta quarta-feira, 1º de maio, ter registrado prejuízo…

9 horas ago