A Petrobras divulgou comunicado rebatendo críticas do presidente Jair Bolsonaro de que o salário do presidente da empresa, Roberto Castello Branco, extrapola os valores de mercado. O principal argumento é que os seus executivos não recebem reajustes desde 2016 e que não há previsão de que isso aconteça neste ano.
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A empresa alega também que as últimas mudanças no modelo de remuneração dos seus executivos adotadas em 2019 atrelam o pagamento de salários ao resultado financeiro da companhia, compatível com o que é adotado por empresas de capital misto listadas em bolsa.
“A remuneração total anual do presidente da Petrobras, incluindo o bônus, corresponde a 25% da remuneração total anual dos presidentes de outras empresas do mercado nacional de porte equivalente, considerando-se a faixa mediana de remuneração”, argumentou a empresa, em nota divulgada pela assessoria de imprensa.
A remuneração dos diretores corresponde a 72% se comparado aos seus pares, nas mesmas bases, “segundo pesquisas salariais das principais consultorias de recursos humanos do País”, acrescenta a companhia.
O atual modelo de remuneração da Petrobras é o Plano de Prêmio por Performance (PPP). Nele, quanto mais elevado é o cargo do funcionário, mais a sua remuneração está atrelada a metas financeiras. Bônus são acrescidos aos salários à medida que as metas são alcançadas.
A Petrobras argumenta que a adoção desse modelo foi aprovada por instâncias de controle – Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), Assembleia Geral Ordinária (AGO) de acionistas e conselho de administração. Diz ainda que o PPP “contempla todos os empregados da Petrobras, com ou sem função de liderança.”
Na nota, a companhia afirma também que o pré-requisito para pagamento do bônus 2019 era a companhia alcançar, no mínimo, R$ 10 bilhões de lucro líquido e outras metas financeiras.
“Em 2019, a Petrobras obteve lucro recorde de R$ 40,1 bilhões, o maior de sua história. Como em qualquer empresa no mercado, o bônus de performance é uma remuneração variável sem garantia de recebimento. Ou seja, seu pagamento depende da realização de lucro líquido pela companhia e pelo atingimento e/ou superação de metas pré-estabelecidas para cada empregado”, acrescenta.
Por Fernanda Nunes
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