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Rumo registra lucro líquido 98% menor no 4º trimestre

A operadora ferroviária Rumo registrou lucro líquido de R$ 3 milhões no quarto trimestre de 2020, queda de 98,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em todo o ano de 2020, a empresa reportou lucro líquido de R$ 305 milhões, recuo de 61,2% ante 2019. A margem líquida foi de 0,2% e de 4,4% nos períodos, nesta ordem, com decréscimo de 11,9 pontos porcentuais e de 6,7 pontos porcentuais, respectivamente.

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A companhia também reportou Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 758 milhões no último trimestre do ano, representando perda de 15,6% em relação ao mesmo intervalo de 2019. No acumulado anual, o Ebitda foi de R$ 3,664 bilhões, 4,3% menor que no ano anterior.

Já o Ebitda ajustado atingiu R$ 3,533 bilhões em 2020, com queda de 8,4% frente a 2019, principalmente devido a um cenário de maior competição, que pressionou as tarifas e o volume, como apontou a empresa.

De acordo com a Rumo, o lucro líquido foi influenciado pelo menor Ebitda, pelo aumento das despesas financeiras decorrentes do impacto não caixa e não recorrente de marcação a mercado (MTM) e das outorgas das Malhas Central e Paulista, que incorreram em mais meses em 2020 do que em 2019.

Por outro lado, a empresa registrou aumento no volume transportado total: no quarto trimestre, foram transportados 16,197 bilhões TKU, volume 8% maior que no mesmo período de 2019, enquanto em todo o ano foram 62,458 bilhões TKU, variação anual 3,9% maior.

Os investimentos (capex) atingiram R$ 997 milhões no último trimestre e R$ 2,979 bilhões em 2020, altas de 76,5% e 53,3%, respectivamente. Segundo a companhia, o dado veio em linha com o plano de investimentos, refletindo o avanço nas obras da Malha Central para torná-la operacional no primeiro trimestre de 2021, que somaram R$ 711 milhões no ano.

A Rumo reportou endividamento abrangente líquido 8,8% maior que no terceiro trimestre de 2020, atingindo R$ 3,808 bilhões. Por sua vez, a alavancagem cresceu 11,8%, passando de 1,7 vez para 1,9 vez. Segundo a companhia, o aumento do endividamento reflete os efeitos do menor Ebitda sobre o fluxo de caixa.

A divulgação da empresa destaca que o pagamento parcial de R$ 5,1 bilhões das outorgas das malhas Central e Paulista, em setembro, trouxe redução no saldo da conta dos passivos de arrendamento a partir do terceiro trimestre de 2020, finalizando o ano em R$ 2,913 bilhões. A companhia aponta que o pagamento zerou a cobrança de juros e variação monetária no fluxo de caixa pelos próximos 15 e 17 anos, respectivamente.

Por Luísa Laval

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Estadão Conteúdo

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