A produção de minério de ferro da Vale no quarto trimestre de 2020 alcançou 84,508 milhões de toneladas, alta de 7,9% em relação ao reportado um ano antes. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, houve um recuo de 4,7%. Com isso, no acumulado do ano, a mineradora produziu um total de 300,385 milhões de toneladas, queda de 0,5% ante 2019.
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O volume veio em linha com o último guidance de produção anual para 2020, divulgado em dezembro, de 300-305 milhões de toneladas. A estimativa foi revisada para baixo em relação ao inicialmente previsto pela Vale, uma faixa de 310-330 milhões de toneladas.
Em seu relatório de produção, divulgado há pouco, a companhia destacou que “2020 terminou com a retomada parcial de todas as operações de finos de minério de ferro paralisadas em 2019, o que se tornou ainda mais desafiador em meio a pandemia de covid-19 e à necessidade de adoção de medidas de proteção aos colaboradores e apoio às comunidades”.
A Vale afirma ainda que, apesar dos impactos e medidas relacionados à pandemia terem reduzido a produtividade em todos os negócios e adiado, em 2020, o início dos novos ativos de minério de ferro, continua confiante de que vai atingir 400 milhões de toneladas de capacidade ao fim de 2022. No fim do ano passado, a empresa tinha capacidade de produção de 322 milhões de toneladas e espera chegar ao fim de 2021 com capacidade de 350 milhões de toneladas por ano.
Já as vendas de minério de ferro da companhia em 2020 registraram recuo de 5,4%, para 254,865 milhões de toneladas. No último trimestre do ano passado, a venda de minério de ferro pela Vale somou 82,825 milhões de toneladas, alta de 25,9% na relação anual e de 6,3% ante o trimestre imediatamente anterior.
Somados, os volumes de vendas de finos de minério de ferro e pelotas totalizaram 286,1 milhões de toneladas em 2020, 5% abaixo da produção de finos de minério de ferro. Para atender clientes em 2019, a Vale reduziu seus estoques operacionais, atingindo níveis insustentáveis. Em 2020, a mineradora precisou recompor seus estoques operacionais, possibilitando uma maior aderência entre vendas e produção em 2021, informou a companhia no relatório de produção divulgado há pouco.
Por Mariana Durão e Wagner Gomes
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