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Juros abrem em queda em linha com dólar; risco fiscal e pandemia estão no radar

O dólar em queda dá a direção para os juros futuros no início de sessão desta sexta-feira (29). Ainda que haja motivos para um ajuste para cima, como incorporar os riscos fiscais e sanitários no País, além de espaço, visto que as taxas vêm de uma sequência de baixa após a ata do Copom, os DIs caem ao longo de toda a curva. Às 9h15, o DI para janeiro de 2022 exibia 3,3155% ante 3,366% no ajuste de quinta-feira. O DI para janeiro de 2023 registrava 4,87% ante 4,93% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 estava em 6,41% ante 6,46% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 abre a 7,10% ante 7,14% no ajuste de quinta.

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No exterior, o dólar cai perante a maioria das emergentes, influenciando o dólar futuro (contrato para março é o mais líquido a partir de hoje).

O mercado avalia o resultado primário do setor público consolidado de dezembro e 2020, divulgado mais cedo, que surpreendeu. O déficit primário somou R$ 702,950 bilhões em 2020 (9,49% do PIB). O resultado superou a mediana (-R$ 701 bi) do que era esperado, mas veio dentro do intervalo das estimativas do mercado financeiro. (-R$ 710,7 bi e -R$ 693,68 bi), segundo levantamento do Projeções Broadcast. Além do risco fiscal, os agentes ficam de olho nos caminhoneiros e no noticiário sobre a disputa pelas presidências da Câmara e do Senado.

Na quinta-feira, o movimento de queda dos juros futuros teve sequência, com redução de inclinação da curva a termo – taxas longas em baixa mais firme que as demais – até o começo da tarde. Ao longo da etapa vespertina, porém, os juros de curto e médio prazos se a alinharam aos longos, resultando num “fechamento de curva em nível”.

No exterior, os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa. Nas próximas horas, os EUA divulgam dados sobre gastos com consumo e renda pessoal, confiança do consumidor e vendas de imóveis. Além disso, estão previstos balanços trimestrais da Chevron e da Caterpillar. E continua a volatilidade gerada por ataques especulativos em Wall Street.

Por Karla Spotorno e Renata Pedini

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Estadão Conteúdo

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