Categories: Economia

Mandetta diz que nova cepa do coronavírus pode gerar megaepidemia no Brasil

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na quarta-feira, 27, que o Brasil pode ter uma megaepidemia causada pela nova variante do coronavírus, identificada em Manaus, em aproximadamente 60 dias. Mandetta também fez um alerta sobre a falta de cuidados ao transferir pacientes para outros Estados.

Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito, todos os dias, em seu e-mail

“Hoje nós temos quatro grandes crises sanitárias. E entrando a quinta crise que é essa história, dessa Cepa, dessa variante de Manaus, que o mundo inteiro está fechando os voos para o Brasil e o Brasil está, não só aberto normalmente, como está retirando paciente de Manaus e mandando para Goiás, mandando para a Bahia, mandando para outros lugares sem fazer os bloqueios de biossegurança”, disse o ex-ministro durante entrevista ao programa Manhattan Connection, da TV Cultura.

O avanço da cepa é apontado como uma das razões para a explosão de casos e o consequente colapso no sistema de saúde no Amazonas.

Segundo estudos feitos por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e Fiocruz Amazonas, a cepa teria surgido em Manaus em dezembro e vem se disseminando com rapidez.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a variante encontrada no Brasil já é vista em oito países.

Divergências com Bolsonaro

O ex-ministro, que deixou o governo em abril do ano passado, também voltou a comentar sobre as divergências com o presidente Jair Bolsonaro. “Nós tínhamos uma doença nova e um sistema com problemas antigos. Eu tinha que proteger esse sistema e reorganizar dentro de um ambiente de governo extremamente hostil a qualquer iniciativa de reorganização”, disse Mandetta, relembrando que optou por ter uma comunicação direta com a população. “Como não tinha campanha do governo e o presidente fazia o contrário, eu passei a me comunicar com a sociedade para que ela construísse uma linha de defesa.”

Vacinas

Questionado sobre as atuais vacinas contra a covid-19, Mandetta afirmou que o imunizante desenvolvido pelos laboratórios Pfizer e BioNTech é o que chama mais atenção, mas comenta sobre as necessidades do Brasil. “Para um País que não tem como chegar uma vacina a -70 graus em todos os rincões, a vacina tanto da Coronavac, quando da AstraZeneca, são aquelas que melhor se aplicam aqui”, disse. “E eu vou tomar aquela que estiver disponível para mim”, complementou.

Por Redação O Estado de S. Paulo

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Latam amplia em 12% voos no Brasil em 2025, com quatro novas rotas domésticas

A Latam vai operar 348 voos domésticos por dia no Brasil em 2025, 12% a…

13 horas ago

ANP aprova acordo de cooperação com Serpro no âmbito do RenovaBio

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou um acordo de cooperação…

13 horas ago

Correção: Lula faz evento para tornar oficial programa de repactuações de rodovias

A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção sobre a nome da concessionária do trecho da…

15 horas ago

Brasil vive momento histórico sobre concessões, com melhor entendimento público, diz Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou que o País vive um…

16 horas ago

Renan Filho: governo analisa 4 repactuações de rodovias, encaminhou 8 para o TCU e reprovou 2

O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou o balanço dos trabalhos que compõem o "Programa…

17 horas ago

Claro lança oferta de celular para fisgar público que ainda não aderiu ao 5G

A Claro fechou parceria com a Motorola para lançar uma oferta de celular 5G com…

18 horas ago