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Saída da pandemia precisa diminuir a desigualdade do mundo, diz diretora do FMI

A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, disse nesta terça-feira, 26, que a recuperação da economia global, massacrada pela pandemia de covid-19, será uma oportunidade para mais equilíbrio social no mundo e para que, finalmente, o capitalismo possa ser um sistema para todos. “Sabemos que a saída da pandemia precisa diminuir a desigualdade no mundo”, afirmou.

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Para a búlgara, os governos são as figuras mais apropriadas para conduzir essa mudança no globo e gerar oportunidades de redistribuição de renda, mas não devem agir só. “Os governos precisam fazer as coisas certas e as empresas precisam fazer as coisas certas”, disse ela, enfatizando grupos de jovens e mulheres, por exemplo.

As ações são claramente mais necessárias, de acordo com Georgieva, nos países mais pobres e, para ela, bancos centrais e demais autoridades financeiras em todo o mundo têm como atuar nesse sentido, principalmente se realizarem o trabalho de forma conjunta. “Fazendo isso de forma compartilhada, então poderemos dizer que o capitalismo será para todos”, afirmou.

As considerações da diretora do FMI foram feitas durante um painel “Implementando o capitalismo do stakeholder”, do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês). Por causa da pandemia, a organização decidiu fazer o evento, que tradicionalmente reúne todos os anos a elite econômica e política do mundo em Davos, nos Alpes suíços, de forma virtual. Há previsão de que uma edição presencial do evento ocorra em maio, em Cingapura.

O debate teve como premissa a decisão do Conselho Empresarial Internacional do Fórum Econômico Mundial de propor um conjunto de métricas ambientais, sociais e de governança (ESG, na sigla em inglês) universais para as empresas, independentemente do setor ou região em que atuam.

Além de Kristalina Georgieva, participaram das discussões o fundador e presidente-executivo do Fórum, Klaus Schwab; a editora-geral e presidente do Conselho Editorial do jornal britânico The Financial Times, Gillian Tett; o presidente e CEO do Bank of America, Brian Moynihan; a vice-primeira-ministra e ministra das Finanças do Canadá, Chrystia Freeland; o presidente e CEO da Salesforce, Marc Benioff; e o presidente e CEO do fundo de investimentos BlackRock, Laurence Fink.

Por Célia Froufe

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Estadão Conteúdo

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