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Bolsonaro: desde que assumi, corrigi equívocos que afastaram Brasil dos EUA

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, por ocasião da sua posse no cargo, ser “grande admirador dos Estados Unidos”. Segundo afirmou, desde de que assumiu o poder no Brasil, passou a “corrigir” o que chamou de “equívocos de governos brasileiros anteriores”, que, segundo o presidente, “afastaram o Brasil dos EUA”.

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Na sequência do documento, divulgado por Bolsonaro em sua conta no Twitter, ele cita relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos, no campo econômico, tecnológico e do desenvolvimento sustentável. O presidente dedica um trecho da carta para falar sobre mudanças climáticas, proteção ambiental e Amazônia.

“Estamos prontos, ademais, a continuar nossa parceria em prol do desenvolvimento sustentável e da proteção do meio ambiente, em especial a Amazônia, com base em nosso Diálogo Ambiental, recém-inaugurado. Noto, a propósito, que o Brasil demonstrou compromisso com o Acordo de Paris com a apresentação de suas novas metas nacionais”, diz Bolsonaro.

O tratado assinado por 195 países estabelece esforços conjuntos para tentar conter o aumento da temperatura do planeta a menos de 2ºC até o fim do século. Em 2019, no primeiro ano do seu mandato, Bolsonaro disse que, “por ora”, o Brasil continuaria no acordo.

Bolsonaro foi um dos últimos chefes de Estado a reconhecerem a vitória de Biden, ao lado do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador. Com base na apuração dos Estados, a imprensa dos Estados Unidos projetou, em 7 de novembro, a vitória de Biden. Só no dia 15 de dezembro, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota reconhecendo o resultado.

Durante o período eleitoral americano, Bolsonaro disse que apoiava a reeleição de Donald Trump. Chegou a afirmar que viajaria a Washington para a cerimônia de posse.

Em um dos debates com Trump, o então candidato Joe Biden fez críticas ao desmatamento na Amazônia. Biden disse que “começaria imediatamente a organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia, para o Brasil não queimar mais a Amazônia”. A declaração gerou uma resposta de Bolsonaro, que, na ocasião, classificou o comentário como “lamentável”, “desastroso e gratuito” e fez uma série de postagens críticas a Biden no Twitter.

Por Emilly Behnke

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Estadão Conteúdo

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