O dólar firmou queda nos negócios da tarde, depois de uma manhã de volatilidade, mas acabou fechando perto da estabilidade, no aguardo da posse de Joe Biden e da reunião de política monetária do Banco Central. Com o feriado nos Estados Unidos, a liquidez foi fraca e as oscilações mais contidas, respondendo principalmente à entrada de fluxo para a Bolsa, que levou a moeda americana para as mínimas do dia, a R$ 5,23, e ao comportamento da divisa dos Estados Unidos no exterior, que operou mista nos emergentes, mas caiu ante pares do Brasil, como o México. O início do processo de vacinação no Brasil trouxe algum otimismo, mas a visão segue cautelosa com o cenário político, em meio às eleições no Congresso.
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No fechamento dos negócios, o dólar à vista encerrou o dia estável (+0,01%), cotado em R$ 5,3047. No mercado futuro, o dólar para fevereiro fechou em leve alta de 0,14%, a R$ 5,3010.
O economista-chefe para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, observa que sem a vacinação deslanchar, pode haver riscos para a atividade econômica na primeira metade do ano, que se somaria a outros “ventos contrários”, como o do aumento da inflação. Ramos classifica o início do processo de vacinação no Brasil como “lento” e “errático”, mas que finalmente começa a ganhar forma. O economista acredita que um novo auxílio vai acabar sendo aprovado, por conta dos efeitos da segunda onda da pandemia.
Pelo lado positivo, os dois principais candidatos à Presidência da Câmara – Arthur Lira (PP-AL) e Baleia Rossi (MDB-SP) – se comprometeram em recentes declarações com medidas sociais dentro das regras fiscais, o que foi bem recebido pelas mesas de operação.
Para o CEO da Arko Advice, Murillo de Aragão, os dois nomes são a favor do andamento das reformas, mas não se deve fazer análise simplistas. “Não é automático que ganhando o Lira está tudo bem para as reformas e ganhando o Baleia está tudo ruim”, comentou Aragão em live da Genial Investimentos nesta tarde. “Quem vai arbitrar o andamento das reformas é o mercado”, disse, citando que o comportamento do câmbio e dos juros futuros serão importantes balizadores para os parlamentares. O presidente Jair Bolsonaro está jogando a sobrevivência do seu governo na eleição para o comando da Câmara e do Senado, comentou Aragão. “Para Bolsonaro, Artur Lira ganhar a eleição é fundamental”, disse o analista político.
Na agenda desta semana, a posse de Joe Biden e suas declarações no evento podem ter impacto no mercado de moedas. “É o principal evento mundial da semana. Biden já anunciou o pacote fiscal, mas isso vai requerer importantes negociações com os republicanos”, observam os analistas do ING.
Por Altamiro Silva Junior
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