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Guedes monta operação ‘apara arestas’ para manter Brandão à frente do BB

Uma operação “apara arestas” foi montada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para garantir a permanência do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, no cargo, mas investidores ainda cobram um posicionamento oficial do governo, depois que o presidente Jair Bolsonaro criticou o plano de reestruturação do banco. Os acionistas do banco querem saber se o plano, com fechamento de 112 agências e desligamento de 5 mil funcionários, será abortado.

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Por enquanto, Brandão está no “limbo” na avaliação de funcionários do próprio banco, sem uma manifestação pública do presidente e de Guedes.

Ao Estadão, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que entendeu que o presidente do BB permanece na presidência do BB. Ele negou que tenha ocorrido interferência política no banco. “Num momento em que se está brigando por questões de desemprego, o camarada anuncia que a Ford sai do Brasil e o Banco do Brasil fala a mesma coisa. O presidente dá um pulo na cadeira”, afirmou.

Mas o vice-presidente alertou que, embora o banco tenha o governo como maior acionista, o governo precisa também lembrar que o BB não é como a Caixa Econômica Federal – “totalmente estatizada”. “É uma instituição que tem ações em Bolsa, consequentemente, depende de seus acionistas externos para agir. Ela tem de agir de acordo com as leis do mercado”, afirmou Mourão.

O vice-presidente lembrou, porém, que o BB está no imaginário da população e que as pessoas que moram em grandes cidades não entenderam que “lá em Giruá, no interior do Rio Grande do Sul, o prefeito, o juiz e o gerente do Banco do Brasil são autoridades”.

Brandão não pretende abrir mão do plano de reestruturação, mas ajustes estão sendo esperados pelos funcionários do banco. Funcionários do BB, por meio de quatro entidades sindicais, enviaram ontem carta a deputados e senadores pedindo a revisão do plano. “A insensibilidade diante deste momento, a falta de empatia e a ausência de um plano voltado para as reais necessidades do País chocam quando partem de uma empresa pública de 212 anos de serviços prestados à sociedade brasileira”, diz a carta, que não faz nenhuma referência à crise política com o presidente Bolsonaro e presidente do BB.

Por Tânia Monteiro e Adriana Fernandes

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Estadão Conteúdo

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