A área de análise do Banco Inter (BIDI11) mudou a recomendação para as ações da Vale (VALE3), de “compra” para “manter”, após o rali dos preços das commodities que fez a mineradora acumular ganhos de mais de 10% desde o início de 2021.
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A analista da Inter Research Gabriela Cortez Joubert acredita que os fundamentos da Vale devem continuar sólidos ao longo do ano, inclusive com maiores dividendos provenientes da forte geração de caixa pelo minério de ferro mais caro. No entanto, as cotações da commodity tendem a uma correção em breve.
“A curva de futuro de minério de ferro já sinaliza uma provável situação chamada contango, onde os preços futuros estão acima dos preços à vista esperados no futuro, indicando uma provável queda de preços. Além disso, dados de comércio exterior já mostram avanços das exportações de minério de ferro em dezembro”, escreve a analista, em relatório nesta quinta-feira (14).
Por ora, o cenário é favorável para a alta do minério de ferro. Combina o aquecimento da economia chinesa, com produção siderúrgica a todo vapor, junto com oferta limitada pela menor produção da própria Vale, além da manutenção de atividade em mineradoras australianas.
Olhando à frente, Gabriela Cortez Joubert não mexeu na premissa de preço de minério de ferro para este ano a US$ 105 a tonelada, em média. E, neste momento, o minério no porto de Qingdao vem sendo negociado na faixa de US$ 170 a tonelada.
A analista mantém o preço-alvo de R$ 94 para a ação VALE3 da mineradora até o fim de 2021, mas rebaixou a recomendação após uma alta de mais de 64% desde o início da cobertura em outubro de 2020.
Nesta quinta-feira, as ações da Vale fecharam com valorização de 1,64%, cotadas a R$ 97,80 na B3.
O Ibovespa subiu 1,27%, aos 123.480 pontos.
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