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IBGE: veículos e máquinas e equipamentos puxam alta na indústria de SP

A produção industrial paulista já superou o patamar de fevereiro, no pré-pandemia, mas ainda opera 17,2% abaixo do pico alcançado em março de 2011, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados nesta quinta-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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O parque fabril de São Paulo responde por cerca de um terço de toda a produção industrial nacional. A indústria local cresceu 1,5% em novembro ante outubro. “Esse crescimento pode ser atribuído ao setor de veículos, principalmente, e, secundariamente, também ao setor de máquinas e equipamentos”, apontou Bernardo Almeida, gerente da pesquisa do IBGE.

Em novembro, a produção paulista já estava 6,0% acima do nível de fevereiro, no pré-pandemia. Em relação a novembro de 2019, a indústria de São Paulo cresceu 4,7%, a terceira alta consecutiva nesse tipo de comparação. Nesse tipo de comparação, houve crescimento em 14 das 18 atividades industriais locais. Não houve influência do efeito calendário, uma vez que o mês de novembro de 2020 teve o mesmo número de dias úteis que novembro do ano anterior, ressaltou Almeida.

“A base de comparação do ano anterior não era uma base de comparação alta. Lembrando que o ritmo de produção antes da pandemia era de incertezas, como ainda é, com desemprego alto, número de contratações baixo, tomadas de decisões cautelosas. Tudo isso gerou uma certa cautela na cadeia de produção nesses setores e trouxe para esse ano de 2020 a mesma influência. A pandemia acentuou esse sentimento”, avaliou Bernardo Almeida.

O pesquisador ressalta que tanto a indústria paulista quanto a nacional permanecem consideravelmente aquém dos patamares mais elevados já registrados na série histórica da pesquisa do IBGE. “Não é retomada. A indústria ainda caminha num passo gradual, num passo cautelar, justamente pelas incertezas de toda essa conjuntura ainda a se desdobrar. Agora que a gente está saindo de um ano que realmente afetou essa produção da indústria, temos que esperar um pouco para saber se é um crescimento continuado ou se continua o ritmo cautelar que a gente observa desde o ano anterior”, concluiu Almeida.

Por Daniela Amorim

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Estadão Conteúdo

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