A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou, pela segunda vez, o impeachment do presidente norte-americano, Donald Trump. O republicano é acusado pelos parlamentares de “incitação à insurreição”. Na semana passada, apoiadores do líder da Casa Branca invadiram o Congresso para impedir a certificação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial.
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O processo segue agora para o Senado, mas não deve ser analisado na Casa antes de 19 de janeiro, um dia antes do fim do mandato de Trump.
O impeachment foi aprovado com 232 votos a favor e 197 contra.
Dos integrantes do partido do presidente, 10 votaram para destituí-lo.
“Ao incitar um ataque mortal ao solo sagrado da nossa democracia americana, Donald Trump provou-se incapaz de cumprir os deveres da presidência por mais um segundo sequer”, disse a presidente da Câmara, Nancy Pelosi.
Trump se tornou o primeiro mandatário americano a sofrer impeachment na Câmara duas vezes. Em 18 de dezembro de 2019, a Casa aprovou a destituição do republicano, mas ele foi absolvido no Senado. Naquela vez, Trump era acusado de pressionar o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, a abrir uma investigação contra Hunter Biden, filho do então pré-candidato do Partido Democrata à presidência.
A pressão pelo novo processo de impeachment cresceu depois que Trump incentivou apoiadores, durante um discurso, a marcharem até o Capitólio para interromper a certificação de Biden. Desde que perdeu a eleição, em novembro de 2020, o republicano insiste, sem provas, que houve fraude no pleito.
Nesta quarta-feira, o líder do Partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, descartou a possibilidade de convocar uma sessão extraordinária nesta sexta-feira, 15, para analisar o impeachment, como chegou a ser especulado.
Dessa forma, uma votação sobre a destituição de Trump não deve ocorrer antes da posse do presidente eleito do país, Joe Biden, em 20 de janeiro. A próxima sessão regular da Casa está marcada para o dia 19.
Em nota a seus correligionários, McConnell disse que ainda não decidiu como votará no impeachment de Trump, mas garantiu que ouvirá os argumentos quando eles forem apresentados ao Senado.
Por Iander Porcella
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