Política

Ministério do Desenvolvimento quer readequar conceito da pasta em 2021

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) espera que nos primeiros meses de 2021 sejam apresentados à sociedade e ao Congresso as propostas de readequação da carteira da pasta, para que novos modelos de parceria com a iniciativa privada possam ser implantados. Como mostrou o Estadão/Broadcast em entrevista com o ministro Rogério Marinho publicada em setembro, o ministério contratou uma consultoria via Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para propor uma reestruturação na forma de atuação do ministério, com a missão de reduzir a dependência do MDR com relação aos recursos públicos.

—> Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito, todos os dias, em seu e-mail

Com isso, a pasta buscar dar tração a uma carteira potencial de mais de R$ 1 trilhão, entre as áreas de saneamento (R$ 700 bilhões), resíduos sólidos (R$ 100 bilhões), iluminação pública (R$ 30 bilhões) e mobilidade urbana (R$ 200 bilhões), nas estimativas do ministério. “Inclusive com propostas de mudança de legislação, de mudanças de regulação infralegal, a partir de 2021. A ideia é que ao longo de 120 dias, a começar de setembro ou outubro, tenhamos todos os produtos prontos, vamos discuti-los e estabeleceremos um plano de mudança da estruturação e da forma de atuar no ministério”, disse nesta terça-feira Marinho em evento de balanço das ações da pasta em 2020.

O ministério também busca impulsionar esses projetos com títulos verdes. Em setembro, um memorando foi assinado com a Climate Bonds Initiative (CBI), organização internacional sem fins lucrativos que faz a certificação de projetos sustentáveis. “Toda a nossa carteira oferecida vai estar certificada para permitir que investidores possam emitir títulos verdes”, lembrou Marinho, que classificou a falta de tratamento de esgoto como o “maior problema ambiental” brasileiro.

“Se fala muito da questão da agricultura. A nossa agricultura é inovadora, tecnológica, sustentável, de alta performance. Somos o segundo maior produtor de alimentos do mundo e brevemente seremos o primeiro. E isso incomoda. O nosso grande problema ambiental não é nossa agricultura, nossa agricultura é solução”, disse o ministro.

Em outra frente, Marinho também destacou o plano da pasta de reformular os fundos de desenvolvimento regional, para que eles também possam entrar nesse ramo das “fábricas de projeto” para atração da iniciativa privada. O ministro lembrou que a carteira potencial no saneamento envolve investimentos na ordem de R$ 70 bilhões ao ano, mas que o governo federal somente consegue alavancar anualmente de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões com recursos onerosos ou não onerosos.

Por Amanda Pupo

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Lucro da AMD cresce 188%, para US$ 123 milhões no 1º trimestre

A Advanced Micro Devices (AMD) registrou lucro de US$ 123 milhões no primeiro trimestre de…

11 horas ago

Amazon eleva lucro para US$ 10,43 bilhões no 1º trimestre

A Amazon teve lucro líquido de US$ 10,43 bilhões no primeiro trimestre de 2024, acima…

12 horas ago

Para 44% das micro e pequenas indústrias, macroeconomia está ruim ou péssima, diz Simpi

Para 44% dos gestores de micro e pequenas indústrias, a macroeconomia brasileira estava ruim ou…

12 horas ago

Casino anuncia venda de mais 121 lojas na França

A Casino anunciou nesta terça-feira, 30, em comunicado, a venda de 121 lojas na França.…

13 horas ago

Controladora do Burger King, Restaurant Brands amplia lucro para US$ 328 mi no 1º trimestre

Controladora do Burger King, a Restaurant Brands International informou nesta terça-feira lucro líquido de US$…

13 horas ago

Governo está reavaliando traçado da Transnordestina até o Porto de Suape, diz ministro

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que o governo está reavaliando o traçado…

13 horas ago