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Comprar ou vender? Banco Inter divide analistas após dobrar em 2020

(Foto: Divulgação)

O futuro das ações do Banco Inter (BIDI3, BIDI4, BIDI11) intriga analistas. Depois dos papéis mais que dobrarem em um 2020 especial para a companhia, o BTG Pactual continua apostando na tese de investimento, enquanto o Goldman Sachs vê demora na monetização de clientes.

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Analistas de ambos os bancos participaram do “Inter Investor Day”, na semana passada, e apresentaram conclusões opostas: a equipe do BTG recomenda “comprar” as units BIDI11, com preço-alvo em 12 meses de R$ 111 – potencial de alta de cerca de 15%. Já o time do GS mantém a sugestão de “vender” as ações BIDI4, com preço-alvo de R$ 8,60 – downside de 70%.

Na visão do BTG, o Inter surpreendeu positivamente neste ano: número de clientes cresce em até 20 mil por dia, 1 milhão de investidores e mais de R$ 1 bilhão em vendas no Inter Shop. “Embora avaliar o Inter definitivamente não seja uma tarefa fácil, nossa confiança no caso de investimento continua crescendo. Assim, mais uma vez, estamos dando o benefício da dúvida e reiterando ‘compra’”, diz relatório assinado por Eduardo Rosman e Thomas Peredo.

Ajuda na confiança do BTG a perspectiva para o NIM (Net Interest Margin, ou margem de juros líquida) após 2022, considerando um cenário à frente de taxas de juros mais elevadas no Brasil – “o que não estava contemplado antes”, segundo os analistas do banco.

Vender

O Goldman Sachs, por sua vez, reduziu a estimativa para os resultados do Inter em 2020: de lucro líquido de R$ 35 milhões para um prejuízo líquido de R$ 6 milhões. A instituição financeira norte-americana espera que a evolução de clientes siga forte, chegando a 8,5 milhões ao fim de 2020 até 18,8 milhões em 2022. No entanto, a monetização continua desafiadora.

“Esperamos que isso leve a um maior crescimento de empréstimos e receitas com tarifas, mas isso deve ser mais do que ofuscado por menor margem de juros líquida, maiores provisões e despesas”, afirma relatório da equipe do banco norte-americano, assinado por Tito Labarta, Gustavo Schroden, Jonathan Uriel Schajnovetz e Nicholas Walker.

Os analistas do Goldman Sachs reconhecem os esforços do Inter para melhorar a monetização da base de clientes, mas entendem que isso ainda vai levar tempo “e está mais do precificado”.

Perspectivas

Ao longo deste ano, o Inter evoluiu de banco para um conceito de plataforma digital (SuperApp), atingindo 8 milhões de contas. A companhia aposta em prosseguir expandindo em 2021 nos serviços de dia-a-dia de banco, crédito, vendas no negócio de marketplace de varejo (Inter Shop), contas de investimento (Inter Invest) e seguros (Inter Seguros).

Em adição, o Inter também avalia a internacionalização dos serviços não-financeiros, como o Inter Shop, além da avenida de crescimento por meio de fusões e aquisições.

Na sexta-feira (18), o Inter anunciou a compra de 60% da empresa de negociação de dívidas Meu Acerto. Em novembro, selou a aquisição de fatia da empresa de adquirência Granito.

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