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Investimento em vacina é mais barato que prorrogar auxílio, diz presidente do BC

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os investimentos em vacinas contra covid-19 são mais baratos do que a prorrogação de auxílios governamentais para lidar com os efeitos econômicos do distanciamento social. “Há uma disputa por vacinas. Quem terá a vacina primeiro e como a logística será feita muda todos os dias. Estamos concentrados nas vacinas e o mercado também”, afirmou, em participação no evento GZERO LatAm Forum 2020, organizado pela B3 e pela Eurasia Group.

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O governo Jair Bolsonaro prepara uma medida provisória para abrir crédito de R$ 20 bilhões para compra de vacinas contra a covid-19. A verba deve ser usada para compra de vacina e seus insumos, além da logística e a comunicação da campanha de imunização. A edição da MP foi revelada pela Coluna do Estadão.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, avessa a propostas de prorrogação do auxílio emergencial, que trariam custo extra aos cofres públicos em 2021, a equipe econômica tem um plano de contingência para o caso de os índices de adesão ao distanciamento social voltarem a subir como reação ao repique da covid-19.

Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), entre os instrumentos, está a antecipação do 13.º para aposentados e pensionistas do INSS e do pagamento do abono salarial (uma espécie de 14.º salário a trabalhadores que ganham até dois mínimos), “se for necessário”.

Campos Neto destacou que nas últimas duas semanas houve um aumento de casos de covid-19 no Brasil e acrescentou que a dúvida é qual o impacto que isso terá no primeiro trimestre de 2021. “Com o aumento de casos e com novas restrições de mobilidade, deve haver algum impacto na economia no começo de 2021”, completou.

Ainda assim, o presidente do BC voltou a dizer que o País começou com previsão de maior retração em 2020, e agora deve fechar o ano com uma queda de 4% ou 4,2% no PIB. “O Brasil fez um programa econômico grande na pandemia. Fizemos mais pelos indivíduos e menos para as empresas na crise”, disse.

Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

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Estadão Conteúdo

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