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Empregados da Eletrobras querem CPMI após fala de Maia sobre privatização

A Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) considerou “extremamente graves” as acusações feitas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a privatização da estatal no último dia 11. Eles pedem a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso para investigar o processo, além de exigir que o presidente da empresa, Wilson Ferreira Júnior, ou se pronuncie sobre os fatos explicitados por Maia, ou renuncie ao cargo.

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Segundo Maia, a modelagem de privatização da Eletrobras está sob suspeição e as mudanças propostas pelo governo no projeto podem beneficiar os atuais acionistas. Ele desafiou o ministro da Economia, Paulo Guedes, a dizer a verdade sobre a proposta. “É por isso que o projeto não andou na Câmara”, disse ele, ao participar do 19º Fórum Empresarial Lide na sexta-feira passada.

Sem citar nomes, Maia afirmou que o governo quer incluir uma hidrelétrica cuja concessão está para vencer (Tucuruí) no pacote de venda, o que vai turbinar o preço da empresa.

Os empregados da Eletrobras vem denunciando a falta de transparência no processo de privatização desde 2017, argumentando que o objetivo era favorecer um dos grandes acionistas minoritários da estatal.

Segundo a Aeel, o plano começou com a desmoralização dos empregados da empresa, chamados de ineficientes e vagabundos por Ferreira Jr, passando pelo esvaziamento da própria empresa com a venda de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) do core business da Eletrobras, que poderiam ajudar na sustentabilidade da companhia, entre outras ações consideradas negativas para a saúde financeira da estatal, como a alegação de não ter caixa para investir, apesar dos elevados lucros nos últimos anos.

“O presidente da Câmara se referiu a apenas uma das mazelas do plano do golpe, que somada às demais, tornariam a sociedade brasileira escrava desse pequeno grupo de grandes acionistas minoritários (citados por Maia)”, afirma a Aeel em nota.

Por Denise Luna

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Estadão Conteúdo

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