A Braskem se uniu à Universidade de Illinois em Chicago (UIC), nos Estados Unidos, para pesquisar uma rota de desenvolvimento de eteno, matéria-prima utilizada na produção de resinas termoplásticas, aplicando tecnologia de captura e utilização do gás carbônico (CO2) emitido em processos industriais.
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Segundo a Braskem, a tecnologia da UIC possui grande potencial global para aplicações industriais, ao conectar a produção de polímeros à captura e conversão de CO2, um dos componentes do efeito estufa e um dos principais contribuintes para as mudanças climáticas.
O projeto está em fase inicial de desenvolvimento e a Braskem terá a missão de aliar seu conhecimento na comercialização de matérias-primas e produção de polímeros ao tema para escalar a tecnologia, contribuindo para a validação dos estudos teóricos e experimentais, produzidos pela universidade.
“O objetivo da parceria com a Universidade de Illinois em Chicago, é avaliar a possibilidade de capturar e converter o CO2 emitido em nossa operação industrial para torná-lo matéria-prima em nossos processos de produção de polímeros”, afirma Luiz Alberto Falcon, responsável pela plataforma de reciclagem da Braskem.
De acordo com um estudo da International Energy Agency, a indústria química mundial emite, anualmente, cerca de 1,5 bilhão de toneladas de CO2 provenientes de uso de energia somada aos seus processos industriais.
Segundo a Braskem, as estimativas iniciais do potencial da tecnologia indicam que caso todo esse gás fosse convertido e recuperado, seriam geradas mais de 300 milhões de toneladas de produtos químicos ou resinas, como os produzidos pela companhia. Além disso, o uso de energia renovável no processo é chave para a redução da pegada de carbono e melhoria da atratividade tecnologia sob perspectivas econômicas e ambientais.
O professor Meenesh Singh, responsável pelo projeto na Universidade de Illinois em Chicago, explica que combustíveis fósseis, como gás natural e carvão, são usados extensivamente em caldeiras industriais para geração de vapor para produção de químicos.
Segundo ele, operações mais sustentáveis das caldeiras, com maior eficiência energética e redução da intensidade de carbono, exigem uma captura contínua de CO2 e sua reciclagem para produtos químicos como eteno, causando um grande impacto na economia circular dos processos de fabricação.
Por Wagner Gomes
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