Líder do Centrão e candidato do Planalto à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) rebateu pelo Twitter neste domingo, 13, as acusações de que estaria prometendo nos bastidores mudanças na Lei da Ficha Limpa em troca de votos da oposição na eleição para o comando da Casa, marcada para 1º de fevereiro. O aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reforçou ainda o compromisso com o teto de gastos – que limita os gastos públicos ao crescimento da inflação.
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“Ao chegarmos à reta final das sessões legislativas de 2020 nesta semana, reafirmamos a nossa disposição de votar projetos essenciais. Alguns deles acabaram empurrados para 2021, quando precisaremos da Câmara uma agenda eficiente para garantir a retomada econômica do Brasil”, afirmou. “É importante nesse processo olharmos pelo equilíbrio fiscal do país, limitado ao teto de gastos, desfazendo informações equivocadas publicadas. Movimento que adiciona um falso apoio a mudanças na lei de Ficha Limpa. Não há!”, enfatizou o parlamentar, na rede social.
Na última quarta-feira, 9, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, organização que reúne sob seu guarda-chuva uma série de entidades da sociedade civil para defender a agenda anticorrupção, reagiu ao suposto aceno de Lira a partidos de esquerda e centro-esquerda sobre mudanças na Ficha Limpa. Em nota pública de repúdio, a organização classificou o movimento como ‘barganha’ e convocou a sociedade a acompanhar o processo de sucessão na Casa.
Os 133 votos dos partidos de oposição são o fiel da balança da disputa entre o líder do Centrão e o candidato – ainda não definido – que será apoiado pelo atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
O Palácio do Planalto também tem atuado para viabilizar a eleição de Lira. Como mostrou o Estadão, é no gabinete do ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que deputados têm participado de reuniões para ouvir os argumentos do governo em defesa da eleição do líder do Centrão. De lá, saem com promessas de emendas parlamentares, algumas além daquelas a que já têm direito, e de cargos a preencher em seus redutos eleitorais.
Por Eduardo Rodrigues
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