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Dólar sobe com cautela no exterior por Covid-19 e desconforto fiscal

Após forte queda na quinta-feira, o mercado de câmbio opera o dólar em alta hoje. No radar está o adiamento da apresentação da PEC emergencial para 2021, após recuo do governo e do parecer do senador Marcio Bittar, que não chegou a ser oficializado, provocar ruídos entre líderes partidários e técnicos. Bittar também é relator do Orçamento de 2021, que será votado pelo Congresso Nacional só depois da eleição para presidência da Câmara e do Senado, em fevereiro.

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Pesa também no câmbio um movimento negativo do euro, libra e das moedas emergentes e ligadas a commodities, reagindo ao aumento de casos de covid no mundo, o que apoia a busca de proteção no dólar. A perspectiva de oferta nova de US$ 800 milhões em swap cambial apenas ajuda a conter a correção de alta em meio a fluxo e liquidez ainda fracos.

O governo Jair Bolsonaro deve propor ao Congresso uma meta de déficit primário de R$ 232 bilhões para 2021, segundo informou ao Broadcast/Estadão uma fonte da equipe econômica. Ou seja, esse deve ser o limite do rombo nas contas públicas no ano que vem, o quanto as despesas poderão superar as receitas, antes do pagamento dos juros da dívida.

O valor da meta de 2021 foi definido em reunião ontem da Junta de Execução Orçamentária (JEO), colegiado que decide diretrizes relacionadas às contas públicas. Em 2020, o déficit deve ficar em R$ 844,6 bilhões, segundo projeções oficiais, por causa do aumento dos gastos relacionados à pandemia do novo coronavírus.

No campo da atividade, o volume de serviços prestados subiu 1,7% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, e, no mês anterior, o resultado do indicador foi revisto de uma alta de 1,8% para 2,1%. O resultado de outubro superou a mediana (+1,20%) e ficou dentro do intervalo das projeções do mercado (0,40% e 3,25%). Na comparação com outubro do ano anterior, houve redução de 7,4% em outubro de 2020, já descontado o efeito da inflação. Nessa comparação, as previsões iam de uma retração entre 9,10% e 3,40%, com mediana negativa de 7,95%. A taxa acumulada no ano foi de redução de 8,7%. Em 12 meses, os serviços acumulam queda de 6,8%.

Às 9h35 desta sexta-feira, 11, o dólar à vista subia 0,50%, a R$ 5,0648. O dólar para janeiro de 2021 ganhava 0,75%, a R$ 5,0650.

Por Silvana Rocha

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Estadão Conteúdo

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