Mercados

Dólar abre em queda e vai até R$ 5,09 em dia de agenda cheia

O dólar abriu em queda firme nos negócios desta quinta-feira (10), confirmando a expectativa de enfraquecimento da moeda americana no mercado. O movimento é justificado principalmente por fatores internos, como a maior oferta de contratos de swap cambial hoje e a mudança de tom do Banco Central, além da continuidade do fluxo positivo de recursos para o País. No exterior, os últimos minutos foram marcados por algum fortalecimento do dólar ante moedas de países emergentes e exportadores de commodities. Com isso, o real é a moeda com o melhor desempenho entre essas divisas.

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A manhã é de agenda econômica agitada, com destaque para os números do varejo, que em geral vieram perto do teto das estimativas do mercado. Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do comércio varejista subiram 0,9% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal. O resultado coincidiu com o teto do intervalo das previsões dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (piso de -1,30% e mediana de 0,20%). Na comparação com outubro de 2019, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 8,3% em outubro de 2020. Nesse confronto, as projeções iam de uma elevação de 4,89% a 8,60%, com mediana positiva de 7,0%.

Outro destaque da manhã fica por conta dos números da safra agrícola de 2020/21. Segundo números do IBGE, a safra agrícola de 2021 deve totalizar 256,8 milhões de toneladas, alta de 1,9% em relação a 2020, ou 4,709 milhões de toneladas a mais, renovando mais uma vez o recorde de produção. Em relação ao primeiro prognóstico, divulgado no início de novembro, a estimativa de produção para 2021 cresceu 1,4%, com 3,6 milhões de toneladas a mais.

Às 9h47, o dólar à vista era cotado a R$ 5,1099, em queda de 1,20%. Na mínima, a cotação do spot chegou aos R$ 5,0979 (-1,44%). No mercado futuro, o dólar para liquidação em janeiro recuava 1,12%, aos R$ 5,11350. Hoje o Banco Central promove leilão extra de até US$ 800 milhões em swap cambial para fazer frente à demanda adicional, o que contribui para a tendência de queda da moeda.

Por Paula Dias

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Estadão Conteúdo

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