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Paro Neto, sobre IPO da Elo: se isso acontecer, vamos sempre olhar oportunidades

O presidente da Mastercard Brasil e Cone Sul, João Pedro Paro Neto, afirmou que a companhia está aberta a oportunidades, ao ser questionado sobre eventual interesse em uma abertura de capital da concorrente Elo, de Bradesco, BB e Caixa. “Quando isso acontecer, vamos sempre olhar oportunidades”.

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Na semana passada, o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, antecipou que os sócios da Elo ainda não chegaram a um consenso quanto a uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da bandeira Elo. A ideia era emplacar a operação em fevereiro. Diante do impasse dos acionistas, porém, o IPO deve atrasar.

A divergência ocorre por conta de uma mudança no contrato de acionistas, que atrela a participação de cada um ao volume de negócios gerado. Nesse sentido, a Caixa deve ampliar sua fatia em detrimento da redução de Bradesco e BB.

Cartões

O setor de cartões deve acelerar o ritmo de crescimento em 2021 a despeito do fim do auxílio emergencial, benefício concedido durante a pandemia neste ano, de acordo com João Pedro Paro Neto. O executivo estima que a expansão deve ser entre 16% e 18%, o que deve propiciar ao mercado ganhar mais espaço junto ao consumo das famílias brasileiras.

“Esse ano, o setor de cartões deve chegar a uma penetração de 49%, 50%, com crescimento de 11% a 12% do mercado. Pode chegar a 52% ou 53% em 2021, quando a expansão deve ser de 16% e 18% em 2021”, disse Paro Neto, em conversa virtual com a imprensa, mencionando um crescimento de 3,5% a 4% na economia brasileira no próximo ano.

De acordo com ele, a despeito do fim do auxílio emergencial, que não teve ter um benefício social substituto, a Mastercard vê diferentes oportunidades como, por exemplo, no setor de transportes e também no digital, impulsionado na pandemia. Paro Neto lembrou que este ano o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve cair em torno dos 4,5%, mas houve um “efeito importante” do auxílio emergencial.

Paro Neto também prevê uma mudança importante quanto ao uso dos cartões. “Esse ano vimos uma importância muito maior do débito do que do crédito. O débito cresceu absurdamente. No ano que vem, o crédito volta a crescer e o débito volta a ser menos relevante”, explicou o executivo. “As pessoas devem usar mais crédito e a gente espera ganhar mais tração em termos de crescimento”.

Quanto aos cartões pré-pagos, ele disse que a modalidade não deve dobrar de tamanho novamente em 2021, como ocorreu este ano, mas deve crescer entre 80% e 90%. “O cartão pré-pago tem se enquadrado na inclusão financeira”, concluiu.

Por Aline Bronzati e André Ítalo Rocha

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Estadão Conteúdo

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