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Bolsa tem dia de volátil, marcado por vacina e fiscal

Um vaivém de notícias em relação aos planos de vacinação no Brasil e renovadas dúvidas fiscais fizeram com que o Ibovespa se descolasse pontualmente do exterior na etapa da tarde desta terça-feira e operasse com volatilidade. A força de Nova York, contudo, garantiu que o índice permanecesse na casa dos 113 mil pontos no fechamento. Por lá, a esperança renovada de estímulos fiscais trouxe fôlego aos ativos de risco, com as máximas históricas do S&P 500 e do Nasdaq.

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O Ibovespa terminou a sessão aos 113.793,06 pontos, com alta de 0,18%. Termômetro da volatilidade diária, o índice foi aos 114.381,14 pontos na máxima, às 12h11, e desceu aos 112.820,31 pontos na mínima, às 15h03.

Na etapa matutina, que culminou na máxima acima dos 114 mil pontos, a visão de que não haverá flexibilização do teto de gastos – como foi cogitada ontem no Congresso, segundo apurou o Broadcast – garantiu o embalo. Mas, o fôlego não se manteve.

Perto das 15h, circulou nas mesas de operação o rumor de que há parlamentares articulando pela prorrogação do Estado de calamidade e do pagamento do auxílio emergencial. Embora não haja disposição de alguns políticos-chave para tal medida (principalmente o presidente da Câmara, Rodrigo Maia), o processo de sucessão no comando do Congresso inspirou cautela por parte dos agentes do mercado.

No mesmo momento das mínimas da sessão, a percepção do mercado sobre o processo de vacinação contra a covid-19 no Brasil se turvou, depois de declarações de governadores após reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Na sequência, o mercado de ações voltou a subir após o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, dizer que a empresa pedirá o uso emergencial de vacinas à Anvisa e que estuda uma forma de facilitar o transporte e a armazenagem das doses.

Murillo afirmou que a imunização poderia começar logo após o produto ser liberado pela agência reguladora e estimou que as primeiras doses do imunizante chegam ao Brasil em janeiro.

Suavizou toda essa oscilação o forte desempenho do mercado americano nesta tarde. Lá, cresce a percepção de que o Congresso vai aprovar um novo pacote fiscal, clamado pelo presidente eleito, Joe Biden. O avanço dos planos de vacinação também influenciaram os principais índices.

No desempenho corporativo do índice, impulsionadas por novos comentários sobre a privatização da empresa e a retomada de cobertura por parte do BTG Pactual, as ações de Eletrobras foram os destaques de alta – o papel ON saltou 5,92% e o PNB avançou 4,99%. Mas o maior avanço foi da BRF (8,69%), após a empresa estimar investimentos de aproximadamente R$ 55 bilhões nos próximos dez anos.

Na ponta oposta, a Usiminas cedeu 4,29%, em dia de pressão de exportadoras.

Por Mateus Fagundes e Simone Cavalcanti

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Estadão Conteúdo

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