Política

Barros: Alcolumbre havia reservado o dia 10 para votar PEC Emergencial

O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), disse nesta segunda-feira (7) que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), reservou o dia 10 de dezembro para a votação da PEC emergencial no 1º e 2º turno, caso haja um consenso em torno do relatório do senador Marcio Bittar (MDB-AC).

—> Gostou desta notícia? Receba nosso conteúdo gratuito, todos os dias, em seu e-mail

“A votação da PEC emergencial ocorrerá se houver consenso em torno do relatório de Bittar”, disse Barros em evento promovido pela XP Investimentos.

Hoje, o vazamento de uma minuta do relatório da PEC Emergencial, que traz medidas de contenção de despesas, com uma permissão para furar o teto de gastos, expôs a disputa política em torno da tentativa de ampliar despesas e mostrou que o fantasma da flexibilização da regra fiscal ainda assombra a equipe econômica.

A minuta obtida pelo Estadão/Broadcast previa que investimentos em infraestrutura e gastos de combate à pobreza bancados com receitas hoje paradas em fundos públicos poderiam ser executadas fora do teto pelo período de um ano após a aprovação da PEC. O texto foi repassado à reportagem por uma das lideranças que participam das negociações.

A divulgação da notícia azedou o humor dos mercados e deflagrou reação imediata do Ministério da Economia, que se posicionou contra qualquer flexibilização no teto, mesmo que temporária. Bittar também divulgou nota afirmando que “está fora de cogitação” qualquer mudança nesse sentido. Ele ligou para Guedes na tarde desta segunda negando a medida e enviou uma versão do texto sem o furo no teto.

No evento, Barros repetiu o discurso de entrevistas anteriores, em que costuma citar o “mantra” do presidente Jair Bolsonaro – que, segundo o líder, é de inexistência de qualquer “fura-teto”.

Como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, no entanto, a ideia de flexibilizar a regra fiscal para elevar gastos continua latente entre os políticos.

Barros disse ainda que tem o desejo de votar a reforma tributária ainda em 2020, pelo menos o primeiro turno. “É uma meta ousada, mas pretendemos chegar lá”, afirmou. O líder disse que está “mais para destravar do que emperrar” a proposta, mas contou também que ainda não conhece o texto do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

“Espero até quarta-feira ter maior clareza do que relator Aguinaldo Ribeiro está propondo”, disse.

Por Idiana Tomazelli

Siga o Mercado News no Twitter e no Facebook e assine nossa newsletter para receber notícias diariamente clicando aqui.

Estadão Conteúdo

Recent Posts

Justiça suspende sessão da Câmara de SP que aprovou projeto sobre privatização da Sabesp

A Justiça de São Paulo suspendeu a sessão da Câmara Municipal de São Paulo que…

14 horas ago

Plano Safra: lideranças levam a Haddad pedido de R$ 36 bi para máquinas agrícolas

O Plano Safra foi tema de reunião desta sexta-feira, 3, do ministro da Fazenda, Fernando…

15 horas ago

Brasil e Japão assinam memorando de cooperação para recuperação de áreas degradadas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta sexta-feira, 3, com o primeiro-ministro do…

15 horas ago

ONS aciona termelétricas e importa energia do Uruguai para atender o Rio Grande do Sul

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) solicitou o despacho da termelétrica Canoas e a…

15 horas ago

Latam tem lucro de US$ 258 milhões no 1º trimestre; alta demanda alavancou o resultado

O Grupo Latam reportou na quinta-feira lucro líquido de US$ 258 milhões no primeiro trimestre…

17 horas ago

Chuvas no RS: portos Rio Grande e Pelotas operam normalmente; porto da capital está fechado

A Portos RS, Autoridade Portuária dos Portos do Rio Grande do Sul, informou nesta sexta-feira,…

18 horas ago