Os índices acionários das bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 1º, com uma série de fatores internos e a perspectiva de retomada econômica global por meio da aprovação de uma vacina contra a covid-19 alimentando o apetite por risco de investidores.
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Os índices S&P 500 e Nasdaq renovaram seus recordes de fechamento, seguindo o que ocorreu há uma semana com o Dow Jones, que hoje encerrou as negociações com ganhos de 0,63%, aos 22.9823,92 pontos. Já o S&P e o Nasdaq avançaram mais de 1%. Enquanto o primeiro subiu 1,13%, aos 3.662,44 pontos, o segundo fechou em alta de 1,28%, aos 12355,11 pontos.
No S&P 500, destacaram-se os ativos de instituições financeiras, como as holdings Lincoln Financial Group (+5,68%) e Capital One (+4,74%) e a prestadora de serviços financeiros Discover (+5,23%). Já o Nasdaq foi beneficiado pelo bom desempenho geral das grandes empresas de tecnologia, após altas robustas das ações do Facebook (+3,46%), Netflix (+2,83%), Amazon (+1,64%) e Alphabet (+2,33%), empresa controladora do Google.
A notícia de que a Pfizer e a BioNTech submeteram sua vacina à análise da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), órgão regulador da União Europeia, reforçou a perspectiva de investidores de que a aprovação de um imunizante contra a covid-19 antes do fim de 2020 poderá acelerar a recuperação econômica global.
No cenário interno, falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, sobre a recuperação econômica e a divulgação do índice gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial dos EUA sustentaram o ânimo nas bolsas ainda no começo da tarde em Brasília, fim da manhã em NY. Investidores também monitoraram falas da futura secretária do Tesouro, Janet Yellen, além das negociações do governo e Congresso americanos por um pacote de estímulos fiscais.
O economista-chefe de Mercados da Capital Economics, John Higgins, projeta que a tendência otimista das bolsas nova-iorquinas deve continuar nos próximos anos. “Nossa previsão é de que as ações globais irão subir mais nos próximos dois anos e que haverá uma nova rotação para muitos setores que tiveram um fraco desempenho entre 19 de fevereiro e o final de outubro deste ano”, afirma Higgins, após citar as eleições americanas e o desenvolvimento das vacinas contra o novo coronavírus como os dois principais fatores que moveram investidores em direção a ativos de risco recentemente.
Por Gabriel Caldeira
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