A regressão para a fase amarela foi criticada pelas associações comerciais. As entidades afirmam que vão cumprir os novos protocolos, mas acreditam que serão ineficazes. “Vejo como um custo para o empresário sem o benefício da redução da contaminação. Qual a diferença de abrir 10 ou 12 horas? O consumidor, se tiver 4, 8 ou 12 horas para fazer compra, ele vai se concentrar. Ou seja, com a restrição, corre-se o risco de haver mais aglomeração”, opinou Fabio Pina, assessor econômico da Fecomércio-SP.
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Percival Maricato, presidente do conselho estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de São Paulo (Abrasel-SP), foi na mesma linha. “Ao meu ver, o governo não tem controle sobre uma parte da sociedade. Nos bares a gente vê aglomeração só fora, de gente que não consegue entrar. Até propusemos que liberassem mesas na calçada para reduzir a aglomeração. Agora reduzir em 40% vai aumentar a aglomeração. A medida não foi correta e é uma espécie de resposta para atender à pressão da sociedade.”
A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) também discordou dos critérios. “A entidade acredita que esse tipo de atitude não se justifica, já que o varejo não está entre os lugares onde há mais contaminação da doença. A entidade também entende que esse tipo de medida pode causar mais fechamento de lojas, porque o comerciante ainda se recupera do primeiro impacto da pandemia.”
A Abrasce, que responde pelos shoppings, informou que cumprirá os protocolos, mas “reforça que manterá o diálogo com o Poder Público em busca de uma operação mais justa”. Ainda, acrescentou que “a alta no número de internações por covid-19 foi impulsionada por outros setores que não investiram na criação e manutenção de protocolos de segurança.”
Sem protocolos
Fabio Pina observou que “a informalidade no Brasil não paga tributos, não usa protocolos”. “Se tem um problema na informalidade, tem de atacar a informalidade.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por João Prata
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