A Petrobras está se preparando para trabalhar com menor produção de petróleo nos próximos cinco anos, porém com maior retorno para seus acionistas com projetos resilientes aos preços mais baixos do petróleo previstos para o período, disse nesta segunda-feira, 30, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Oliveira.
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“Estamos promovendo uma gestão ativa e profunda do nosso portfólio”, afirmou Oliveira durante apresentação para analistas do Plano Estratégico 2021-2025 na versão brasileira do Petrobras Day.
Ele informou que em 2025 a região do pré-sal vai contribuir com 80% da produção, hoje em torno dos 70%, o que vai garantir uma produção de menor custo e de baixa emissão de gases de efeito estufa (GEE).
Mesmo com o direcionamento para os projetos com maior retorno do pré-sal, Oliveira ressaltou que a companhia vai injetar US$ 13 bilhões para revitalizar a bacia de Campos, atualmente em declínio, e U$ 1 bilhão na exploração da margem equatorial, onde a companhia tem ativos na Foz do Amazonas. Também a bacia de Sergipe receberá investimentos de US$ 2 bilhões, informou Oliveira.
Ele informou ainda que, em 2021, a produção não deverá ter impacto das paradas programadas para este ano e suspensa pela pandemia do covid-19, já que antecipou a manutenção para o segundo semestre deste ano.
Capex
A diretora de Refino e Gás Natural da Petrobras, Anelise Lara, disse a analistas, durante o Petrobras Day, que o plano estratégico para gás e energia inclui agregar mais valor na comercialização do gás natural e na otimização do portfólio termoelétrico da companhia, com foco na geração de valor do gás produzido.
O capex será de US$ 1,1 bilhão, com destaque para a finalização da construção da unidade UTG Itaboraí, que receberá o gás escoado pela rota 3, ampliando a capacidade integrada das rotas do pré-sal para 44 milhões de metros cúbicos por dia. A ideia, segundo ela, é conferir maior segurança para a produção de óleo nos campos do pré-sal.
Durante sua apresentação, Lara disse ainda que estão sendo investidos recursos na melhoria das turbinas a gás para aumentar a potencia e eficiência operacional. “Há tempos temos a estratégia de buscar segregação de valor na comercialização de gás prevendo chegar a 2025 com a ampliação significativa da nossa capacidade por meio da ampliação do terminal da baia de Guanabara”, afirmou, acrescentando que mesmo após a abertura, a Petrobras continua como player relevante em gás.
Por Denise Luna e Wagner Gomes
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