Política

Secretário do Tesouro nega divergência com o BC: ‘objetivo totalmente alinhado com Economia’

O secretário do Tesouro Nacional, Bruno Funchal, disse nesta quinta-feira, 26, que o governo tem confiança no trabalho do Banco Central e não há qualquer divergência. “O objetivo do Banco Central é totalmente alinhado com o da Economia”, disse.

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Ontem, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse que é ponto-chave para o Brasil “conquistar credibilidade com um plano que dê uma clara percepção aos investidores de que o País está preocupado com a trajetória da dívida”.

Ao ser questionado sobre a declaração, o ministro da Economia, Paulo Guedes, respondeu: “O presidente Campos Neto sabe qual é o plano. Se ele tiver um plano melhor, peça a ele qual é o plano dele. Pergunte a ele qual é o plano dele que vai recuperar a credibilidade. Porque o plano nós sabemos qual é. O plano nós já temos.”

Funchal disse que a equipe tem confiança no trabalho da autoridade monetária e que a pressão inflacionária é momentânea, por uma mudança no padrão de consumo, e “não preocupa”. “A inflação está na meta, isso está bem controlado”, disse.

Pacotes

O secretário do Tesouro Nacional rebateu críticas de que a equipe econômica não tem plano e “empacotou” ações que vem sendo defendidas pelo governo para a melhora da atividade econômica.

“Estamos em execução desses dois pacotes: o pacote da produtividade e o pacote da melhoria fiscal. Essas pautas estão no Congresso Nacional para que a gente possa avançar. Avançando nesses dois pacotes é aumento de retorno, redução de custos e geração de emprego e renda e a gente cumpre nosso objetivo”, afirmou.

Segundo o secretário, o plano do governo inclui “objetivos, estratégias e ações”. “Vemos muito na imprensa que falta um plano. Para a gente é muito claro os grandes objetivos que são voltar a crescer de forma sustentável, geração de emprego e renda. Isso é compatível com o processo de estabilização da dívida”, declarou.

Para alcançar os objetivos, ele listou ações como redução do custo Brasil e da taxa de juros e aumento da produtividade. “Para isso, temos um conjunto fiscal de ações fiscais, como a PEC emergencial e o projeto de descarimbar recursos de fundos. Pelo lado da produtividade, temos a agenda, como a Lei de Falências e os marcos de saneamento, cabotagem e ferrovia”, completou.

Por Idiana Tomazelli e Lorenna Rodrigues

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Estadão Conteúdo

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