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Petroleiros rejeitam PLR da Petrobras e querem voltar à mesa de negociação

(Fonte: Shutterstock)

Empregados da Petrobras de todo o País rejeitaram em assembleias a proposta da companhia sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) 2021. Eles querem sentar na mesa novamente com a estatal, para tentar chegar a um acordo que mantenha as conquistas obtidas pela categoria nos últimos anos.

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A empresa propõe modificar a política de pagamento do PLR, limitando a remuneração variável a empregados que não exercem cargo de liderança, e diferenciando o valor a ser pago pelo cargo e a subsidiária onde o empregado está lotado.

“Nas sete reuniões realizadas com a gestão da Petrobras e suas subsidiárias, a FUP reiterou que o regramento da PLR tem que atender todos os trabalhadores, independentemente da função que ocupe e da empresa em que atue no Sistema Petrobras”, explica a Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) também rejeitou a proposta patronal, e reivindica nova reunião com a estatal para apresentar uma contraproposta que define indicadores para o pagamento da PLR .

“Os petroleiros e petroleiras entenderam que não é justo que a empresa ofereça uma PLR rebaixada para os trabalhadores do chão de fábrica, enquanto remunerações gigantes são pagas à alta cúpula, por meio do PPP (Programa de Premiação de Performance)”, afirma a FNP.

Os petroleiros criticam também o fato da Petrobras querer limitar a distribuição de lucros entre os trabalhadores e ao mesmo tempo prometer dividendos para seus acionistas, maior deles a União, mesmo que tenha prejuízo. As duas federações negociam separadamente com a petroleira.

As entidades querem também que a Petrobras mantenha a antecipação do pagamento da PLR no início do ano, como sempre é feito, e que não haja impacto dos impairments (desvalorização de ativos) realizados este ano nos indicadores utilizados.

A FUP defende ainda, que a PLR tenha um piso para que os resultados construídos coletivamente sejam distribuídos da forma mais igualitária possível e que não haja redução no pagamento da PLR por perseguição política.

Por Denise Luna

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