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Juros: curva perde inclinação com IPCA-15 pesando nos DIs curtos

A curva de juros perdeu inclinação nesta terça-feira, 24, com as taxas de curto prazo terminando estáveis, após passarem o dia com viés de alta, e as demais, em leve queda. Os vértices até meados de 2022 estiveram sob influência do IPCA-15 acima da mediana das estimativas, que também elevou discretamente na curva a precificação de alta da Selic no Copom de dezembro, movimento limitado, porém, pela queda do dólar, que tem sido visto como um dos vilões da inflação. As demais taxas tiveram alívio nos prêmios em função do apetite pelo risco no exterior, que favoreceu o real, mesmo sem novidades do front fiscal. No leilão de NTN-B, o Tesouro ofertou quantidade pouco menor (até 1,1 milhão) do que na última operação (até 1,35 milhão), vendida integralmente.

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A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 terminou em 3,41% a sessão regular e a estendida em 3,40%, de 3,426% ontem no ajuste. O DI para janeiro para 2023 encerrou em 5,23% (regular) e 5,19% (estendida), de 5,246% ontem, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 7,065% para 7,00% (regular) e 7,01% (estendida). O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxas de 7,76% (regular) e 7,74% (estendida), de 7,834% ontem. O spread entre os vértices para janeiro de 2022 e janeiro de 2027 diminuiu, de 440 pontos-base ontem para 434 pontos.

“Temos o exterior favorável e o real ‘performando’ bem, o que ajuda os vencimentos de médio e longo prazos, enquanto na ponta curta é o efeito do IPCA-15”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O IPCA-15 de novembro desacelerou de 0,94% em outubro para 0,81%, mas ficou acima da mediana esperada (0,72%), com a taxa em 12 meses saltando a 4,22%, contra meta de inflação de 4% este ano. A leitura dos preços na abertura do indicador foi ruim, com surpresa negativa de preços de serviços e avanço no índice de difusão. Todo esse contexto provocou nova rodada de revisões em alta para o IPCA este ano e 2021, mas que ainda não chegam a ameaçar as metas. Na curva, a precificação para a Selic no encontro do Copom de dezembro, que ontem era de 6,95 pontos-base, estava em 7,3 pontos no meio da tarde, ou seja, a probabilidade de aperto de 0,25 ponto porcentual subia de 27,8% para 29%. Os cálculos são do Banco Mizuho.

Além da inflação permanecer ainda dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), apostas mais firmes numa retomada da alta da Selic no curto prazo esbarram também na natureza da pressão inflacionária, qA curva de juros perdeu inclinação nesta terça-feira, com as taxas de curto prazo terminando estáveis, após passarem o dia com viés de alta, e as demais, em leve queda. Os vértices até meados de 2022 estiveram sob influência do IPCA-15 acima da mediana das estimativas, que também elevou discretamente na curva a precificação de alta da Selic no Copom de dezembro, movimento limitado, porém, pela queda do dólar, que tem sido visto como um dos vilões da inflação. As demais taxas tiveram alívio nos prêmios em função do apetite pelo risco no exterior, que favoreceu o real, mesmo sem novidades do front fiscal. No leilão de NTN-B, o Tesouro ofertou quantidade pouco menor (até 1,1 milhão) do que na última operação (até 1,35 milhão), vendida integralmente.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2022 terminou em 3,41% a sessão regular e a estendida em 3,40%, de 3,426% ontem no ajuste. O DI para janeiro para 2023 encerrou em 5,23% (regular) e 5,19% (estendida), de 5,246% ontem, e a do DI para janeiro de 2025 passou de 7,065% para 7,00% (regular) e 7,01% (estendida). O DI para janeiro de 2027 encerrou com taxas de 7,76% (regular) e 7,74% (estendida), de 7,834% ontem. O spread entre os vértices para janeiro de 2022 e janeiro de 2027 diminuiu, de 440 pontos-base ontem para 434 pontos.

“Temos o exterior favorável e o real ‘performando’ bem, o que ajuda os vencimentos de médio e longo prazos, enquanto na ponta curta é o efeito do IPCA-15”, disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O IPCA-15 de novembro desacelerou de 0,94% em outubro para 0,81%, mas ficou acima da mediana esperada (0,72%), com a taxa em 12 meses saltando a 4,22%, contra meta de inflação de 4% este ano. A leitura dos preços na abertura do indicador foi ruim, com surpresa negativa de preços de serviços e avanço no índice de difusão. Todo esse contexto provocou nova rodada de revisões em alta para o IPCA este ano e 2021, mas que ainda não chegam a ameaçar as metas. Na curva, a precificação para a Selic no encontro do Copom de dezembro, que ontem era de 6,95 pontos-base, estava em 7,3 pontos no meio da tarde, ou seja, a probabilidade de aperto de 0,25 ponto porcentual subia de 27,8% para 29%. Os cálculos são do Banco Mizuho.

Além da inflação permanecer ainda dentro dos parâmetros estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), apostas mais firmes numa retomada da alta da Selic no curto prazo esbarram também na natureza da pressão inflacionária, que não é de demanda e sim de oferta, provocada em boa medida pela fraqueza do câmbio, que por sua vez, sofre grande influência do risco fiscal. Hoje, no entanto, o otimismo em relação ao desenvolvimento das vacinas contra Covid e o início da transição de governo nos Estados Unidos, com anúncio de nomes da equipe do futuro presidente Joe Biden que agradaram, o dólar teve recuo generalizado.

Por Denise Abarca

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Estadão Conteúdo

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