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Vacina impulsiona Ibovespa, mas mercado segue atento a fiscal e avanço de covid

(Foto: Shutterstock)

Notícias animadoras sobre vacinas contra covid-19 sustentam ganhos na maioria das bolsas europeias, nos índices futuros em Nova York e nas cotações do petróleo, à medida que o medicamento parece estar cada vez mais próximo da população. Nos EUA, espera-se que as primeiras doses possam ser aplicadas a partir de 12 de dezembro.

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Pelo menos por ora, a expectativa de chegada de uma vacina contra a pandemia de coronavírus ofusca um pouco alguns dados ruins de serviços na zona do euro, o impasse em relação a um pacote fiscal nos EUA, bem como o crescimento de casos de covid-19 em partes do globo, mas sem sair do radar dos mercados. Internamente, segue a preocupação em relação aos problemas fiscais.

“O Brasil depende de resolver essa questão. No entanto, as notícias sobre vacinas animam. Os mercados estão naquela dicotomia: olhar o curto prazo, que é horroroso pois há a disseminação do vírus, ou o longo, que conta com o avanço de estudos sobre o medicamento”, avalia Roberto Attuch Jr., CEO da Ohmresearch (conhecida anteriormente como Omninvest).

Hoje, a AstraZeneca informou que sua vacina contra a covid-19 apresentou, em média, 70% de eficácia e, em alguns casos, de 90%, depois que a Pfizer e a BioNTech entraram com pedido de uso emergencial do imunizante junto à americana FDA (equivalente à brasileira Anvisa). No fim de semana, os países do G20 se comprometeram a dedicar mais de US$ 21 bilhões para a produção de medicamentos e vacinas contra a covid-19. Na Espanha, a vacinação está prevista para começar em janeiro de 2021.

Apesar do impasse em relação a um novo pacote fiscal nos EUA, Attuch Jr. avalia que ainda assim a expectativa de chegada da vacina de prevalecer hoje nos mercados. “Essa questão do pacote é um problema fiscal nos EUA, mas o dia deve ser positivo, ainda a despeito da tentativa dos republicanos em sabotar a administração do presidente eleito dos EUA, Joe Biden”, cita.

Ainda ficam no radar números mais fracos do setor de serviços na zona do euro, apesar de dados mais fortes da indústria. O índice dos gerentes de compras (PMI) composto da região caiu ao menor nível em seis meses diante da segunda onda de covid-19 no continente, segundo a IHS Markit. O indicador baixou de 50 pontos em outubro a 45,1 na prévia de novembro, ante projeção de analistas de queda menor, a 47,1.

Em Londres, a bolsa abandonou há pouco a alta e caía 0,13%, às 10h50. O ganho máximo era de 0,47% (índice alemão, após dado considerado bom da indústria). O petróleo subia na faixa de 1,00%, empurrando as ações da Petrobras para cima, com elevação de quase 3,00%. Já o minério de ferro negociado no porto chinês de Qindgao fechou em queda de 1,23%.

Ainda assim, Vale ON subia 1,26%. O Ibovespa tinha alta de 0,80%, aos 106.891,94 pontos, após máxima aos 107.009,68 pontos.

No corporativo, atenção nas ações do Carrefour, depois de um fim de semana de protestos em algumas cidades brasileira por causa do assassinato de um homem negro em uma unidade da empresa em Porto Alegre, na noite de quinta-feira. As ações cediam 3,58% no Ibovespa. Na sexta, o Ibovespa encerrou em baixa de 0,59%, aos 106.042,48 pontos.

Na agenda desta segunda-feira, há participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, em dois eventos. No da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), voltou a admitir que a pauta das privatizações não andou, mas que logo depois das eleições, haverá reformas e que o governo vai acelerar as privatizações. “Temos pauta mínima que deve avançar”.

O ministro afirmou que o governo fará a reforma tributária, reduzirá impostos. Segundo ele, se houver uma segunda onda de covid-19 no Brasil, o País agirá da mesma forma. “Sabemos o que funcionou”, disse.

Mas a agenda ganhará força durante a semana, em meio à divulgação da ata do Fed, falas de autoridades do Fed e do BCE, sem falar da comemoração ao dia Ação de Graças nos EUA, na quinta-feira, que deixará os mercados americanos fechados e preocupa autoridades porque os casos de coronavírus avançam nos EUA.

Por Maria Regina Silva

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