O dólar caiu em relação a outras moedas principais nesta sexta-feira, 13, em baixa também ante algumas divisas de países emergentes e ligadas a commodities. O quadro geral foi de apetite por risco nos mercados internacionais, com a política americana em foco, embora o avanço da covid-19 nos Estados Unidos e na Europa continue a ser uma preocupação.
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No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 104,65 ienes, o euro subia a US$ 1,1836 e a libra tinha alta a US$ 1,3191. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, recuou 0,22%, a 92,755 pontos.
Na política, o fato de o governo da China parabenizar Joe Biden pela vitória na corrida pela Casa Branca foi visto como uma consolidação do nome dele. Biden venceu na Geórgia, mas haverá recontagem no Estado, enquanto Donald Trump foi o vitorioso vitória na Carolina do Norte, segundo a rede NBC. Trump ainda não admite a derrota na disputa com Biden e promete contestar o que considera uma fraude da oposição democrata.
O JPMorgan aponta em relatório que a vitória do candidato democrata na disputa presidencial dos Estados Unidos e avanços na busca por uma vacina para covid-19 motivaram mais cedo nesta semana várias recomendações de mais risco, inclusive no câmbio, em relação a mercados emergentes versus o dólar. O banco nota, porém, que há um salto na covid-19 nos EUA e na Europa, enquanto em Washington não se avança na questão de novos estímulos fiscais, o que deve criar um “mercado errático” nos próximos dois ou três meses.
Já a Western Union comenta que, no caso do euro, a moeda tem se mantido em uma espécie de “zona neutra” em relação ao dólar, levando-se em conta a faixa desde julho. Pressão de alta sobre a moeda comum tem sido contrabalançada pela expectativa de que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie mais estímulos em dezembro, nota. Hoje, o euro foi sustentado pelo crescimento da zona do euro no terceiro trimestre, de 12,6% ante o segundo, mesmo que o número tenha vindo um pouco abaixo da previsão de 12,7% dos analistas.
Ainda na Europa, a libra se fortaleceu após relatos da saída do cargo de Dominic Cummings, conselheiro-chefe do premie Boris Johnson. O ING diz que a notícia tende a apoiar a libra, por aumentar a chance de um acordo comercial entre Londres e a União Europeia.
Entre as divisas emergentes e commodities, o dólar avançava a 79,7594 pesos argentinos, de 79,5472 no fim da tarde de ontem. A imprensa argentina relata um aumento do dólar no mercado paralelo, após restrições recentes do governo.
Por Gabriel Bueno da Costa
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