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Sem “onda azul”, SPX reduz expectativa por estímulos nos EUA

(Foto: Shutterstock)

A gestora SPX Capital revisou para baixo a projeção de aprovação de estímulo fiscal nos Estados Unidos, de US$ 4 trilhões para US$ 1 trilhão, diante da confirmação de maioria republicana no Senado, contrariando a antecipada “onda azul”.

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No mesmo sentido, a gestora fundada por Rogério Xavier e Leonardo Linhares revisou a expectativa de crescimento econômico dos EUA em 2021, de 5% para 4%.

“Os republicanos, agora na oposição, devem retomar uma postura de maior austeridade fiscal, em contraponto a uma visão democrata mais benevolente com déficits fiscais, como defendida por Stephanie Kelton, analista econômica de Bernie Sanders entre 2016 e 2020”, diz a SPX na mais recente carta a investidores.

Brasil

No cenário para o Brasil, a equipe da gestora admite “grande preocupação” em relação à trajetória fiscal, “com a dívida bruta do país chegando a 95% do PIB ao fim de 2020”.

“O Brasil está claramente tomando mais riscos na condução da política econômica, em cima de um tabuleiro em constante mutação”, escrevem os gestores, enfatizando a dependência por reformas e considerando árdua a tarefa do Banco Central em prosseguir com política monetária estimulante, enquanto atua no mercado de câmbio.

“Busca-se, assim, promover o estímulo necessário para contrapor o choque econômico gerado pela pandemia, ao mesmo tempo em que tenta manter as expectativas de inflação ancoradas e o prêmio de risco para rolagem da dívida reduzido.”

Alocação

Em termos de posições, a carta revela que a SPX continua com posições na parte curta da curva de juros, notando riscos de eventuais “manobras criativas” para financiar o Renda Brasil.

Na bolsa brasileira, a gestora diz estar comprada em “empresas dos setores de ‘utilities’ (energia e saneamento), consumo e mineração contra o Índice Bovespa”.

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