O dólar à vista opera em alta na manhã desta quarta-feira, 11. Os ajustes refletem o fortalecimento, mais cedo, da moeda americana no exterior frente a divisas emergentes e ligadas a commodities pares do real e cautela com ruídos políticos e o risco fiscal interno, de acordo com operadores do mercado.
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Na prática, o mercado de cambio à vista ajusta-se ao fechamento mais forte do dólar futuro de dezembro, que acelerou a alta no fim da tarde ontem, após discurso do presidente Jair Bolsonaro, em que voltou a desafiar a pandemia e questionou: “se acaba o auxílio, como ficam quase 40 milhões de invisíveis, que perderam tudo?”. A declaração contraria o que a equipe econômica tem dito, de que as medidas emergenciais de combate à pandemia devem terminar no fim deste ano.
Os desdobramentos da resposta do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre a responsabilidade pela paralisação da pauta de votações econômicas do Congresso, também estão no radar.
As vendas no varejo em setembro no País subiram 0,6%, abaixo da mediana das estimativas do mercado (1,40%) e, embora fique aparentemente em segundo plano, o dado pode reforçar a visão de retomada lenta da economia interna.
Nesta terça, após cair em boa parte da sessão, o dólar à vista encerrou o dia praticamente estável, a R$ 5,3930 (+0,02%), mas o contrato futuro de dezembro e os juros futuros foram mais pressionados pela fala de Bolsonaro sobre o auxílio emergencial e terminaram em alta mais firme. O dólar dezembro encerrou em alta de 0,55%, a R$ 5,4200.
No exterior, o índice DXY do dólar segue em alta em meio à fraqueza do euro e da libra, antes de um discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e com desconfiança dos investidores de que o Reino Unido e União Europeia (UE) provavelmente não conseguirão cumprir a meta de fechar um acordo comercial pós-Brexit até meados deste mês.
Às 9h40, o dólar à vista subia 0,98%, a R$ 5,4460. O dólar futuro de dezembro avançava 0,55%, a R$ 5,450.
Por Silvana Rocha
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