Menos de 12 horas após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspender os testes com a vacina Coronavac, que está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan do Governo de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro fez uma extensa publicação nas redes sociais sobre quais ações o governo federal tem realizado para enfrentar a pandemia de covid-19.
Entre as medidas mencionadas no Twitter, o presidente citou a realização de testes clínicos para verificar se a vacina BCG – que protege contra formas graves da tuberculose – é “uma maneira preventiva da covid-19, reforçando o sistema imunológico” e outros 15 protocolos de vacinas nacionais em desenvolvimento para o vírus.
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Bolsonaro também mencionou, como um dos esforços promovidos pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, estudos sobre a nitazoxanida no tratamento precoce da covid-19. O medicamento é um vermífugo que “reduz a carga viral”, diz o tuíte do presidente, mas que não evita complicações da covid-19, segundo pesquisas médicas. Nas postagens, o presidente reforçou o caráter nacional das medidas implantadas e defendeu que o País ganhou independência de importações como, por exemplo, a de ventiladores pulmonares.
“O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, e o presidente Jair Bolsonaro trabalham, desde fevereiro, ao lado da ciência, no combate à covid-19”, escreveu Bolsonaro.
Suspensão dos testes
Logo que foi anunciada a suspensão dos testes da Coronavac, um dos imunizantes contra o coronavírus em fase mais avançada de testes, o Instituto Butantan se disse surpreso com a decisão da Anvisa os testes e lamentou não ter sido informado diretamente. Até a noite desta segunda-feira, o governo de São Paulo, responsável pelo Instituto Butantan, afirmou que ainda aguardava informações sobre “os reais motivos que determinaram a paralisação”. O órgão regulador disse que a suspensão acontece pelo registro de um efeito adverso grave em um dos voluntários, mas não forneceu detalhes.
Disputa política
A vacina Coronavac, em desenvolvimento pelo Butantan, tem sido objeto de disputa política entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente da República. Bolsonaro disse não que planeja adquirir o imunizante, contrariando, inclusive, manifestações dadas pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Apesar da disputa entre o presidente e o governador, Doria tem reforçado a confiança no trabalho “republicano” e “correto” do ministro Pazuello.
Nesta segunda, o governador paulista também havia anunciado o início das obras da nova fábrica do instituto para produção de vacinas, em especial, de imunizantes contra o coronavírus.
Por Pedro Caramuru
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