O Bordeaux Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia venceu a disputa pela Copel Telecom, ao oferecer proposta de R$ 2,395 bilhões, o que corresponde a um ágio de 70,94% ante o valor mínimo estabelecido de R$ 1,402 bilhão, para aquisição de 100% das ações da empresa.
O fundo apresentou o maior lance em disputa a viva-voz e superou a Algar, que na primeira fase do leilão, de abertura dos envelopes, apresentou a maior proposta, de R$ 2,204 bilhões, com ágio de 57,36%. Nessa fase, o Bordeaux fez lance de R$ 2,139 bilhões, com ágio de 52,67%.
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Outros dois grupos também apresentaram propostas na primeira fase: Consórcio Economia Real Telecomunicações – formado pelo Fundo de Investimento em Participações Shelf 28 – Multiestratégia, BTG Pactual Economia Real Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia e o Banco BTG Pactual SABTG Pactual – que ofertou R$ 1,75 bilhão, e o Fundo Calgary, da Telefônica Brasil e da Fibrasil Infraestrutura e Fibra Ótica SA, com a proposta de R$ 1,402 bilhão, ágio de 0,06%.
Com o desinvestimento, a Companhia Paranaense de Energia (Copel) passará a concentrar seus investimentos e esforços nas áreas de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, suas principais atividades.
A estatal possui 100% de sua tecnologia em fibra ótica e dispõe de 36 mil km de cabos que levam internet de alta velocidade aos 399 municípios do Paraná.
O governador do Paraná, Ratinho Jr, disse que a privatização da Copel Telecom beneficiará a Copel, uma vez que a empresa poderá focar em sua área de expertise, que é a geração e transmissão de energia elétrica, e afirmou que os recursos obtidos com a venda da subsidiária serão investidos no crescimento da companhia.
“Os recurso vão ser todos investidos na expertise da Copel, que é energia, e a Copel é uma empresa paranaense e vai continuar paranaense”, comentou ele durante o leilão.
Ratinho Jr disse também que o sucesso na privatização da subsidiária da Copel abre espaço para novas privatizações de estatais paranaenses. Entre os ativos listados pelo governador, estão: a Compagás, pátios do Detran, lotes de rodovias e aeroportos.
Por Luciana Collet e Wilian Miron
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