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ONS deve ampliar uso de usinas termoelétricas

A situação preocupante dos reservatórios das hidrelétricas dos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste vai obrigar o Operador Nacional do Sistema (ONS) a elevar este ano o uso de usinas termoelétricas acima do registrado em outubro do ano passado, podendo chegar aos 16 mil megawatts/dia, acima do patamar de 14 mil MW/dia de 2019, para fazer frente ao aumento do consumo trazido pela recuperação econômica e pelo aumento da temperatura, informou em entrevista ao Estadão/Broadcast o diretor-geral do Operador, Luiz Ciocchi.

Às vésperas de completar seis meses no cargo, Ciocchi assumiu o complexo posto de operador do sistema em plena pandemia, o que o impediu de conhecer pessoalmente seus funcionários, que desde março trabalham em home office, com apenas 5% do efetivo no campo de batalha das mesas de operação.

“Muito provavelmente este outubro foi um dos outubros mais secos, desde 1931, quando começou a série histórica. É o mais seco da Região Sul e o terceiro mais seco na Região Sudeste”, afirmou o executivo, contando, porém, com as previsões de chuvas intensas nos reservatórios das hidrelétricas em meados de novembro.

Para poupar os reservatórios nessas regiões, o ONS tem acionado usinas termoelétricas, mais caras para o consumidor. “A gente vinha despachando bem menos as térmicas do que no ano passado, em setembro era algo como 7, 8, 9 mil MW. A partir do fim de outubro a gente voltou ao patamar de 14 mil MW, como no ano passado , e a expectativa é que a gente consiga poupar um pouco essa água dos reservatórios subindo esse despacho”, explicou.

A maior preocupação é com o Sul, mas no Sudeste a bacia do Rio Grande, que abastece Furnas, também inspira cuidados.
Também as intensas queimadas deste ano têm sido um grande desafio, apesar de não ter sido registrado nenhum grande acidente na rede.

Por outro lado, foi também após a sua chegada que o subsistema Nordeste saiu de importador para exportador de energia, em meados do ano, impulsionado pela boa safra de ventos para a geração eólica. Agora, porém, os ventos começam a perder força. Ele descartou qualquer problema no abastecimento de energia no País.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Denise Luna

Estadão Conteúdo

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