Mercados

Bolsas dos EUA fecham em alta, apoiadas por política e sinais do Fed

Os mercados acionários de Nova York fecharam com ganhos, ainda apoiados pelo quadro político em Washington que se desenha após a eleição desta semana nos Estados Unidos. Além disso, à tarde os índices renovaram máximas, em meio a declarações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que reafirmou o compromisso em usar a política monetária para apoiar a atividade no país.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,95%, em 28.390,24 pontos, o S&P 500 subiu também 1,95%, a 3.510,45 pontos, e o Nasdaq avançou 2,59%, a 11.890,93 pontos.

A grande possibilidade de um cenário de poder dividido entre democratas e republicanos na Casa Branca e no Congresso nos EUA agradou investidores, já que isso pode atrapalhar ou mesmo impossibilitar planos dos democratas de impor mais regulações e elevar impostos corporativos.

O ex-vice-presidente Joe Biden aparecia à frente na apuração, mas não estava claro se venceria o atual presidente, Donald Trump, em disputa apertada em vários Estados cruciais.

Entre os destaques desta quinta-feira, estiveram ações dos setores de tecnologia e serviços de comunicação, que podem se beneficiar diretamente do quadro político. Apple subiu 3,55%, Microsoft avançou 3,19% e Facebook, 2,54%.

Além disso, o Fed manteve a política monetária, como esperado, e disse que seguirá com suas compras de bônus e outros instrumentos para apoiar o quadro.

O presidente do banco central americano, Jerome Powell, disse que foram discutidos eventuais ajustes no programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) e comentou que deve ser necessário mais apoio monetário e fiscal para os EUA, no quadro ainda de problemas causados pela pandemia da covid-19 e sem um fim claro para a crise de saúde à vista.

A Capital Economics avaliou em relatório que, se a divisão política se confirmar, o Fed pode se ver compelido a agir mais para apoiar a retomada.

Nesta quinta, os EUA ultrapassaram a marca de 100 mil casos diários da covid-19, novo recorde, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.

Já no noticiário corporativo, o balanço da General Motors agradou e a ação subiu 5,48%.

Por Gabriel Bueno da Costa

Estadão Conteúdo

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