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Santander/Rial: débito cresceu mais com auxílio, mas crédito começa a retomar

O presidente do Santander Brasil, Sergio Rial, afirmou nesta terça-feira, 27, que desde agosto o cartão de crédito tem começado a se recuperar nas transações pelas maquininhas da GetNet, adquirente do banco. Com o auxílio emergencial criado pelo governo durante a pandemia, as transações com cartão de débito cresceram mais, pela liquidez proporcionada com o benefício nas contas das pessoas.

“Houve uma injeção de liquidez (com o auxílio) e também houve um represamento da demanda (em um primeiro momento). Mas começamos a ver, a partir de agosto, que o crédito começa a retomar, mas nada muito pujante, as pessoas estão se movimentando”, disse o executivo, em coletiva de imprensa.

O executivo disse também que o crédito emergencial lançado pelo governo para apoiar as pequenas e médias empresas é um dos fatores que ajudaram o crédito nessa categoria a ser o que mais cresceu na carteira do banco. “É uma das pernas que explicam, mas também estamos tomando uma posição ativa, junto aos nossos clientes, para bater na porta e perguntar como podemos ajudar”, disse Rial, que lembrou também que alguns setores tiveram um crescimento “extraordinário” na pandemia, como alimentação e farmácias.

Provisionamento

O presidente do Santander Brasil afirmou que o banco espanhol não deve realizar nenhum provisionamento adicional para 2020, além dos R$ 3,2 bilhões do segundo trimestre, considerando o comportamento das taxas de inadimplência até o momento e os níveis de cobertura do banco em relação a carteira de crédito.

Rial também é otimista em relação a 2021. “Não vejo deterioração da inadimplência e das provisões em 2021 com o PIB crescendo”, afirmou. Rial entende que a economia já dá sinais de aquecimento e acredita que com convergência em relação ao teto dos gastos do País, devem haver mais investimentos em infraestrutura e na construção civil.

Nesse sentido, Rial acredita a carteira de crédito para empresas tende a crescer mais ao final do ano, enquanto nas pessoas físicas o movimento já está acontecendo, especialmente no setor imobiliário. “Mas não a dois dígitos, obviamente”, acrescentou.

Por André Ítalo Rocha e Cynthia Decloedt

Estadão Conteúdo

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