Em mais um revés para a candidatura de Filipe Sabará à Prefeitura de São Paulo, o diretório municipal do Partido Novo na capital decidiu neste domingo, 25, não indicar um nome para substituir a economista Marina Helena como vice na chapa.
Em um vídeo divulgado ontem nas redes sociais, Marina renunciou ao posto, após a decisão da executiva nacional do Novo de expulsar Sabará do partido.
O candidato entrou em rota de colisão com a cúpula do Novo após fazer elogios ao ex-prefeito Paulo Maluf, criticar o fundador da legenda, João Amoedo, e se alinhar com o discurso do presidente Jair Bolsonaro. Um pedido de suspensão de sua candidatura, protocolado por um membro do Novo, também apontava inconsistências em seu currículo acadêmico.
Sabará acusou a executiva do partido de reter recursos doados para sua campanha. Com o imbróglio, o candidato perdeu aliados no Novo e viu auxiliares deixarem a campanha.
O presidente do Novo na capital, Júlio Rodrigues, era aliado do candidato, mas preferiu acatar a decisão do diretório nacional. O Novo enviou ao Tribuna Regional Eleitoral (TRE) um ofício pedindo o cancelamento do registro de Sabará, mas o Tribunal ainda não se manifestou.
Para o advogado constitucionalista André Jorge, ex-juiz titular do TRE-SP, a candidatura de Sabará não seguirá adiante. “Nosso sistema eleitoral é partidário. Se o partido retira a candidatura ele não pode disputar a eleição”, analisou.
Por Pedro Venceslau
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