A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira que vislumbra um enorme potencial para crescimento do comércio agrícola brasileiro com países árabes, com foco na qualidade e na segurança alimentar. Segundo ela, os países já têm um longo histórico de cooperação, sendo o Brasil o maior exportador de proteínas com certificado halal do mundo, portanto, respeitando práticas exigidas pelos muçulmanos. A afirmação foi feita em uma breve participação no Fórum Econômico Brasil e Países Árabes, promovido na manhã desta quarta pela Câmara Árabe.
Tereza Cristina reforçou, na ocasião, que a retomada econômica pós-pandemia do novo coronavírus traz uma oportunidade singular de orientar os esforços econômicos em direção ao desenvolvimento sustentável. “A pandemia pôs à prova os limites dos sistemas sanitários e alimentares em todo o mundo. Explicitou, ainda, a interdependência entre saúde e alimentação”.
“O momento, portanto, destaca a importância de construirmos sistemas agroalimentares sustentáveis e resilientes para garantir a sanidade dos alimentos”, disse ela, acrescentando que acredita na cooperação internacional como essencial para atender à demanda crescente de alimentos e fortalecer a segurança alimentar do planeta.
Em meio à crise decorrente da covid-19, o Brasil demonstrou capacidade de cumprir com seus compromissos internacionais, se consolidando como fornecedor global de alimentos de qualidade a preços competitivos, além de altos padrões técnicos e fitossanitários, conforme a ministra.
Ela acrescentou que quer renovar o compromisso com o desenvolvimento de uma parceria cada vez mais sólida com os países árabes e que as nações podem contar com o País como “um sócio estável e confiável”.
A ministra sinalizou, ainda, que além do crescimento das vendas brasileiras de produtos já tradicionais, como açúcar, carnes e soja, há espaço para elevar as exportações de algodão, cacau, frutas frescas e secas para os países árabes. Por outro lado, as importações de pescados, produtos hortícolas e frutas vêm crescendo nos últimos anos, de acordo com Tereza Cristina.
Outro ponto em que ela notou uma possibilidade de avanço é o de investimentos, “desde infraestrutura no Brasil até a instalação de empresas brasileiras do ramo agropecuário nos países árabes”.
Para manutenção das relações e a concretização dessas oportunidades de negócios, Tereza Cristina disse que pretende, assim que possível, retomar a agenda de contatos internacionais presenciais.
Por Julliana Martins
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