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‘Queremos transformar a Amazônia em um paraíso de biodiversidade’, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a argumentar que há uma má interpretação sobre as queimadas na Amazônia e disse que Brasil está interessado em desenvolver mercado de carbono e obter ajuda internacional para preservar a floresta. “Nossa bandeira é verde e amarela, então somos um país verde. Temos uma matriz energética limpa e estamos reavaliando projetos de investimentos”, completou.

“Queremos transformar a Amazônia em um paraíso de biodiversidade. Queremos transformar Manaus na capital mundial da bioeconomia e da economia sustentável. Vamos desenhar políticas econômicas que preservem a região amazônica”, respondeu, em participação em evento organizado pelo Milken Institute, que não constava na agenda do ministro e nem havia sido informado pela assessoria da pasta.

Paulo Guedes voltou a garantir que a equipe econômica está comprometida com o cumprimento da regra fiscal do teto de gastos. “Não vamos abandonar o teto”, enfatizou. O ministro também repetiu que o governo tem o desafio de transformar a atual política fiscal anticíclica em um crescimento sustentável por meio do fomento aos investimentos privados. Para Guedes, o Brasil tem potencial para ser o maior e melhor destino de investimentos na saída da atual crise.

“Queremos desregular o mercado e desestatizar diversos setores. Queremos mais investimentos estrangeiros”, afirmou.

Mudança de perfil

No evento, o ministro da Economia destacou a mudança de perfil da economia brasileira, que tem passado de investimentos públicos para investimentos privados. Ele voltou a citar a aprovação de novos marcos regulatórios para destravar o capital privado em setores como saneamento, energia, gás natural e petróleo.

“Por 40 anos, os investimentos no Brasil foram dirigidos pelo Estado, mas agora é o contrário. Em apenas um mês, o volume de IPOs no Brasil superaram o orçamento de investimentos do Ministério da Infraestrutura”, afirmo.

Guedes repetiu que o governo estuda a criação de um instrumento de seguro cambial para grupos internacionais que realizarem investimentos de longo prazo em infraestrutura no País. “O investidor se preocupa em fazer um investimento de dez anos e perder dinheiro em uma semana por causa de uma crise política. Podemos prover aos investidores um mecanismo de seguro cambial”, completou.

Por Eduardo Rodrigues

Estadão Conteúdo

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