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SP volta a passar de 37°C; mundo teve o setembro mais quente

Com temperatura máxima de 37,3°C, registrada na tarde de ontem na estação do Mirante de Santana, na zona norte, a cidade de São Paulo voltou a apresentar mais um dia de extremo calor. Esta é a terceira maior temperatura para um mês de outubro e a terceira maior na série histórica das medições feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) desde 1943. Na terça-feira, os termômetros na capital chegaram aos 36,4°C.

Entre quarta-feira, 30 de setembro, e sexta-feira passada, a cidade registrou ainda sequência inédita de três dias com temperatura acima de 37°C, sendo que, na sexta, a capital registrou 37,4°C, maior temperatura do ano e a segunda marca da série histórica. O recorde de temperatura máxima na capital ainda pertence aos 37,8 °C registrados em 17 de outubro de 2014.

Com a temperatura de 43,5°C às 15 horas de ontem, a cidade de Lins, no centro-oeste do Estado de São Paulo, tem agora a maior temperatura já registrada oficialmente pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Estado de São Paulo. Até então, o posto de maior temperatura medida em São Paulo era de Iguape, no litoral sul de São Paulo, que registrou 43,0°C em 3 de fevereiro de 1933.

Segundo a Climatempo, esta onda de calor ainda estará bastante presente sobre o Estado de São Paulo até amanhã. Uma nova frente fria chegará hoje ao litoral paulista e vai aumentar a nebulosidade e as condições para chuva amanhã e no fim de semana de feriado prolongado.

Recorde

Em mais um sinal claro do processo de aquecimento global pelo qual passa o planeta, o mês passado foi o setembro mais quente apontado no registro histórico, anunciou ontem o Serviço de Mudança Climática Copernicus, do Programa de Observação da Terra da União Europeia, que registra essa informação desde 1979.

Com base no observado nos primeiros nove meses do ano, a instituição estima que 2020 pode bater os recordes de temperatura e se tornar o mais quente já registrado, superando 2016.

A média global foi 0,05°C superior à observada em setembro do ano passado, até então o recorde de mais quente da série histórica para o mês. Este ano, a média para setembro superou ainda em 0,63ºC a média geral para o mês (registrada entre 1981 e 2010) e em 0,08ºC a média para o mesmo mês em 2016 – que, como um todo, foi o ano mais quente já registrado na história e teve o segundo setembro mais quente do registro.

Esse aumento na temperatura do ar foi registrado em diferentes pontos do planeta. O calor também foi observado no mês passado no Brasil, com vários dias de temperatura acima da média e quebra de recordes, que se mantiveram agora em outubro, culminando em um alerta de risco de morte emitido pelo Inmet na terça-feira.

Por Renata Okumura, Giovana Girardi e João Ker

Estadão Conteúdo

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