O Banco Central habilitou 677 bancos, fintechs e cooperativas para o lançamento do Pix, nova ferramenta de pagamentos instantâneos criada pela instituição. Até o início da noite da última quinta-feira, o BC havia publicado o aval para apenas 11 instituições começarem a operar o novo sistema de pagamentos.
O prazo para a instituição conseguir permissão para participar da primeira fase de cadastramento das chaves dos usuários do Pix acabou na última sexta-feira. Já o processo de cadastramento das chaves dos clientes interessados em utilizar o sistema começa hoje.
Nos últimos dias, várias instituições abriram cadastros prévios, mas a efetivação tem início a partir desta segunda-feira. Para isso, porém, as instituições precisam de aprovação. Em 16 de novembro, o Pix começa efetivamente a operar.
Dentre os cinco maiores banco do País, o Bradesco recebeu o aval na quarta-feira para operar o Pix, enquanto Banco do Brasil, Itaú e Santander foram autorizados na leva de quinta à noite. A Caixa Econômica Federal foi a última a entrar na lista, na sexta-feira passada.
Essas instituições já vinham trabalhado para atender às exigências do Banco Central e passar por testes de estresse, que buscam avaliar se elas estão preparadas para suportar determinado volume de pagamentos por segundo. Esses testes são importantes para garantir a efetividade e a segurança do Pix.
O sistema, que já tem similares em outros países, vai ser usado para permitir pagamentos e transferências bancárias em tempo real. Os grandes agentes financeiros são obrigados a aderir, mas a ferramenta atraiu um número expressivo de cooperativas, fintechs e financeiras.
A chave de usuário é como um apelido para identificar as contas do Pix. O cliente pode cadastrar um número de celular, e-mail, CPF, CNPJ ou um EVP (uma sequência de 32 dígitos a ser solicitado no banco).
De acordo com Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), o sistema faz parte de medidas importantes para reduzir a necessidade de circulação de dinheiro em espécie, “que tem custo de logística de R$ 10 bilhões ao ano”.
As instituições que ainda não foram aprovadas precisarão cumprir as exigências da instituição até o dia 16 de novembro, ou poderão ser penalizadas. Pela Resolução BCB n.º 1, publicada no dia 12 de agosto, o Banco Central prevê a aplicação de multa por dia de atraso na entrada em operação do Pix.
Ao Broadcast/Estadão, o BC alegou, por meio de nota, que tem “conduzido com êxito, dentro dos prazos por ele fixados e determinados aos participantes, todos os testes necessários para garantir a segurança e a operação do sistema”.
“O processo de homologação estará concluído dentro da previsão estabelecida pelo BC. Os participantes estarão aptos a oferecer o Pix aos usuários no prazo, conforme previsto”, completou o BC. (Colaborou Douglas Gavras)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Por Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues
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