O varejo paulista teve um aumento expressivo de vendas no início do segundo semestre, segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), da FecomercioSP. De acordo com a pesquisa, o setor faturou R$ 66,3 bilhões no mês de julho, um crescimento de 6,8% nas receitas em relação ao mesmo período do ano passado.
Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, entre julho de 2019 e o mesmo mês de 2020, a alta foi de 1,7%.
De acordo com a pesquisa, que utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista, seis de nove das atividades analisadas registraram recordes para o mês dentro da série histórica, configurando o melhor julho dos últimos 13 anos para dois terços dos ramos varejistas pesquisados.
Entre as atividades que registram crescimento no mês de julho estão em destaque as atividades de materiais de construção (alta de 25,7% em relação a 2019) e lojas de eletrodomésticos (17,1%).
Após um primeiro semestre de baixas no setor, onde o varejo encerrou o período de janeiro até julho com queda de 1,8% no faturamento real, os resultados se mostram animadores, diz a Fecomércio em nota.
De acordo com a entidade, os números refletem as consequências das restrições nos fluxos de pessoas por causa da pandemia, cenário onde a população manteve o consumo de bens essenciais (em supermercados e farmácias) e reduziu a demanda por produtos como roupas e móveis, por exemplo. Pesquisa aponta a influência da chegada do auxílio emergencial às famílias a partir de abril, principalmente em atividades como materiais de construção.
Entre janeiro e julho, o varejo paulista vendeu pouco mais de R$ 414 bilhões – liderado pelos supermercados, cujas receitas se mantiveram dentro da média de R$ 22,6 bilhões por mês
Metodologia
A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Por Matheus de Souza
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