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Força Nacional vai ajudar a controlar incêndio no Mato Grosso

O governo enviará nesta quarta-feira (23) 43 bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública, dez viaturas, um helicóptero e dois micro-ônibus para auxiliar no combate aos incêndios no Mato Grosso. Assinada pelo ministro da Justiça, André Mendonça, a portaria 534/2020 atende a um pedido do governador Mauro Mendes (DEM) e vai ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta.

Em discurso feito na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira, 22, o presidente Jair Bolsonaro disse, ao tratar das queimadas no Pantanal e na Amazônia, que seu governo é vítima de “uma das mais brutais campanhas de desinformação”.

Bolsonaro tem sido muito criticado não só por seus opositores internos, mas também por entidades internacionais. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam o aumento da devastação, mas Bolsonaro alegou na ONU que a propagação do fogo está relacionada à queima de roçadas por parte de “caboclos e índios”.

O efetivo enviado pelo governo Bolsonaro ao Mato Grosso atuará na região por 30 dias, prazo que poderá ser prorrogado. Ao solicitar o apoio da Força Nacional, Mauro Mendes afirmou que o Mato Grosso está enfrentando “uma das piores ondas de incêndio dos últimos anos”. O governador destacou, ainda, que o Pantanal é “um sítio de significativa importância ecológica por abrigar muitas espécies de peixes e aves aquáticas”.

Segundo o chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, a Defesa Civil informou que houve redução de 20% nos focos de incêndios de sábado para domingo, em razão das chuvas. Mesmo assim, a situação é crítica.

A França e outros países europeus ameaçam não prosseguir com as negociações de acordos comerciais entre União Europeia e Mercosul, caso não haja uma solução para a crise ambiental.

“As queimadas no Pantanal representam risco crítico ao bioma. Animais estão morrendo. Milhares de famílias que sobrevivem do Rio Paraguai, que já atingiu seu menor nível em 50 anos, estão em risco”, escreveu no Twitter o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Por Redação

Estadão Conteúdo

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