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Brasil registra média móvel diária de 699 mortes por covid-19

O Brasil contabilizou média móvel diária de 699 óbitos por covid-19 nesta quarta-feira, 23. A média móvel registra as oscilações dos últimos sete dias e elimina distorções entre um número alto de meio de semana e baixo de fim de semana.

Segundo dados do consórcio dos veículos de imprensa, formado por Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, o País teve 32.445 novos casos e 906 novos óbitos nas últimas 24 horas. No total são 4.627.780 pessoas contaminadas e 139.065 mortas em decorrência do novo coronavírus desde o início da pandemia. Já o balanço do Ministério da Saúde indica que 3.992.886 brasileiros se recuperaram da doença e outros 493.022 seguem em acompanhamento.

Em número de contaminados, o Brasil continua como o terceiro país mais afetado pela pandemia, de acordo com contagem da Universidade Johns Hopkins. Está atrás de Estados Unidos e Índia, que ocupam a primeira e segunda posição, respectivamente. No entanto, em relação ao total de óbitos, o País se mantém em segundo lugar.

Covid-19 em São Paulo

O Estado de São Paulo, que tem os maiores números absolutos da covid-19 no País, registrou 951.973 casos e 34.492 óbitos nesta quarta. Em 24 horas, foram contabilizados 6.551 casos confirmados e 226 mortes. Ainda de acordo com o balanço divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, 818.593 pessoas se recuperaram da doença, sendo que 104.209 já tiveram alta hospitalar.

A taxa de ocupação em leitos de UTI na Grande São Paulo é de 46,1%, enquanto no Estado esse índice é de 46,9%.

Em entrevista coletiva nesta quarta, o governador João Doria (PSDB) anunciou que o estudo clínico realizado em mais de 50 mil voluntários na China indica segurança da Coronavac, o imunizante contra a covid-19 desenvolvido em parceria do laboratório Sinovac e o Instituto Butantã, que está na fase 3 de testes. De acordo com o governo, a expectativa é que a vacinação possa ter início ainda na segunda quinzena de dezembro e chegue a 60 milhões de doses até fevereiro.

Dados de covid-19 do Ministério da Saúde

Segundo o Ministério da Saúde, 33.281 novos casos de coronavírus e 869 óbitos foram registrados nas últimas 24 horas, o que eleva o total para 4.624.885 pessoas infectadas e 138.977 que perderam a vida por conta da doença no País. Os números diferem dos compilados pelo consórcio de veículos de imprensa principalmente por causa do horário de coleta dos dados.

Em entrevista coletiva nesta quarta para apresentar a situação epidemiológica da covid-19 no Brasil, o órgão destacou que na última semana (13 a 19 de setembro) houve um aumento de 10% de novos registros de casos da doença no País. No entanto, ao comparar o período com 14 dias atrás, parâmetro usado pelo Ministério da Saúde, teve uma redução de 23% de novos registros de casos.

A curva de registro de novos óbitos também mostrou a mesma tendência. “Quando olhamos os registros dos últimos 14 dias, tivemos uma redução de 7%, embora que na última semana tivéssemos um aumento de 6% (de número de óbitos)”, explicou o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros.

Conforme Medeiros, o leve aumento de casos e óbitos registrados na última semana pode ser explicado pelo aumento da testagem e pela conclusão de registros de casos e óbitos que aconteceram em outras semanas. “Estamos testando mais no Brasil do que testamos no passado. Quando você testa, você tem mais chance de identificar casos mais novos. Nas últimas semanas, tem havido registros de casos que não estavam conclusos. Às vezes, você tem o aumento de óbitos, mas não de novos óbitos. Agora temos outros métodos de confirmação para a covid-19. Isso pode contribuir para o surgimento de registros de novos casos e óbitos a cada semana epidemiológica”, disse.

Parceria

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. De forma inédita, a iniciativa foi uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia e se manteve mesmo após a manutenção dos registros governamentais.

Por Marcela Coelho

Estadão Conteúdo

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