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CSN autoriza IPO da Mineração e atualiza projeções

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) atualizou o plano de negócios da CSN Mineração, sua controlada, e para viabilizar os investimentos na expansão da unidade, autorizou seus diretores a tomarem as medidas necessárias para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da subsidiária.

De acordo com atualização do plano de negócios da empresa enviada na manhã desta segunda-fera à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a CSN decidiu pelo IPO da unidade de mineração “à luz das condições favoráveis e perspectivas positivas do mercado de minério de ferro”. Além disso, a companhia afirma que a oferta traria recursos necessários para acelerar o crescimento orgânico da mina de Casa de Pedra.

A CSN estima que, com os projetos de expansão que pretende implementar, a capacidade de produção anual de minério de ferro em sua unidade de mineração chegará a 108 milhões de toneladas no ano de 2033. Em 2019, a capacidade estava em 33 milhões de toneladas. O teor de ferro do minério entregue também deve aumentar, dos atuais 62% para 67%.

A expansão nesse espaço de 14 anos se dará pelo desenvolvimento de quatro grandes blocos de projetos, de acordo com a empresa, ao longo dos próximos 10 anos. Eles incluem a expansão da Planta Central, a recuperação de rejeitos de barragens, os projetos de Itabirito e a expansão do TECAR. Ao todo, os quatro projetos demandarão R$ 31,3 bilhões, sendo que R$ 22,7 bilhões serão apenas para Itabirito.

“O potencial IPO da CSN Mineração é mais um passo em direção à estratégia de criação de valor do grupo, através do uso eficiente dos seus ativos para impulsionar o crescimento e a desalavancagem da companhia”, afirma a siderúrgica no documento. Não há estimativas de quantos recursos a operação pode captar.

Projeções

A CSN também divulgou suas projeções para o ano de 2020. A estimativa da empresa é atingir aproximadamente R$ 9,75 bilhões de Ebitda ajustado no fechamento do balanço anual de 2020.

A siderúrgica projeta ainda atingir uma relação divida liquida/Ebitda ajustado de aproximadamente 2,99 vezes neste ano. A projeção é menor que a última estimativa feita pela empresa, em julho, de 3,75 vezes. Para o capex, a nova meta da empresa é de cerca de R$ 1,50 bilhão até o final de dezembro.

Por Matheus Piovesana e Beth Moreira

Estadão Conteúdo

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