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Depois de minimizar queimadas em viagem a MT, Bolsonaro destaca ações do governo

Após minimizar os incêndios na região do Pantanal em viagem a Mato Grosso nesta sexta-feira, 18, o presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais para destacar ações do governo no combate às queimadas. Em uma série de publicações no Twitter, o chefe do Executivo citou ações dos Ministério da Defesa, Meio Ambiente, Desenvolvimento Regional e da Polícia Federal.

“O Governo Federal não mede esforços para combater as chamas. Nessa quarta-feira (16), o Ministério do Desenvolvimento Regional anunciou a destinação de R$ 10,1 milhões para ações de combate aos incêndios no Mato Grosso”, ressaltou.

Mais cedo, durante passagem por Mato Grosso, Bolsonaro afirmou que há “alguns incêndios acontecendo pelo Brasil”, mas que, segundo ele, ocorrem há anos. Enquanto isso, dados indicam aumento expressivo das queimadas na região do Pantanal e na Amazônia, além de recordes de desmatamento.

Nas redes sociais, o presidente lembrou que “as Forças Armadas atuam desde o dia 25 de julho, no combate ao incêndio no Pantanal sul-mato-grossense, e no dia 5 de agosto, as ações foram estendidas ao Pantanal mato-grossense”. Ações foram intensificadas nas municípios de Poconé e Barão de Melgaço, de acordo com o mandatário.

O chefe do Executivo mencionou ainda que a Polícia Federal investiga possíveis responsáveis pelos incêndios em Mato Grosso. “Os investigados poderão responder pelos crimes de dano a floresta de preservação permanente, dano direto e indireto a Unidades de Conservação, incêndio e poluição, que podem ter penas somadas ultrapassando 15 anos de prisão.”

Amazônia

Em artigo divulgado nesta sexta-feira, 18, o vice-presidente, Hamilton Mourão, chamou as queimadas na Amazônia de o “coelho da vez”, usado para “induzir o espectador” como um truque de mágica. Na mesma linha negacionista do presidente Jair Bolsonaro, o general afirmou que o Brasil é o País “que menos desmatou na história da humanidade”.

“Nos últimos tempos, os mais variados atores acusam o Brasil de não ser capaz de cuidar do seu patrimônio ambiental, em particular a Amazônia. Uma ironia, levando em consideração que somos o País que menos desmatou na história da humanidade.”

Ele ressaltou que “os fatores que levam a uma queimada não são matemáticos”, por envolver questões ambientais e humanas tanto na ignição como propagação e contenção do fogo. No texto, o vice-presidente também pede cautela na análise de dados dos incêndios florestais.

“É comum uma mesma queimada ser detectada por vários satélites. Os dados brutos também não distinguem as ilegais das legais, que são aquelas ocorridas dentro dos 20% de terra que, de acordo com nossa legislação, pode ser explorada no bioma Amazônia”.

Por Emilly Behnke

Estadão Conteúdo

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