Economia

Bons resultados da economia chinesa animam os investidores

O otimismo dos investidores está prosseguindo nesta terça-feira (15). Se na véspera os pregões se animaram com as notícias de que o laboratório AstraZeneca estava retomando os testes da fase 3 de sua vacina contra o coronavírus, hoje a animação vem dos bons dados da economia chinesa. O Escritório Nacional de Estatísticas, equivalente chinês do brasileiro IBGE, informou nesta madrugada que as vendas no varejo em agosto avançaram 0,5% em relação a agosto de 2019. Foi o primeiro resultado positivo para o ano.

Não foi o único indicador positivo. A produção industrial avançou 5,6% em agosto, também em relação ao mesmo mês do ano passado, indicando uma volta à normalidade das atividades produtivas. Os números levam a crer que a recuperação econômica chinesa retomou seu ritmo e deve perdurar pelo quarto trimestre e por 2021.

Isso fez as bolsas subirem na Ásia. Em Xangai, as ações fecharam com alta de 0,5%, e em Hong Kong elas avançaram 0,38%. Na Europa, os pregões começam a manhã com uma valorização de 1% em Londres e de 0,3% em Frankfurt.

Assim como as alterações no emprego e no desemprego nos Estados Unidos são o principal indicador do pulso da atividade econômica, na China as vendas no varejo e a produção industrial são as variáveis mais importantes para analisar o desempenho dos negócios. E uma atividade chinesa em alta indica importações robustas de commodities, o que é benéfico para a economia brasileira.

Há mais notícias positivas no radar. Nesta terça-feira começam duas reuniões importantes, a do Comitê de Política Monetária (Copom) e a do Federal Open Market Committee (Fomc), o Copom americano. As reuniões dos dois comitês se encerram amanhã, quarta-feira (16) e deverão trazer comunicados semelhantes, indicando que os juros americanos e brasileiros permanecerão no patamar atual por mais algum tempo. No caso dos Estados Unidos, o resultado da reunião é importante porque deverá confirmar a nova orientação da política monetária, que vai se voltar mais para o desemprego do que para as metas de inflação, o que significa uma alteração drástica na maneira de gerir a atividade econômica.

Por aqui, o Copom deverá confirmar a taxa de juros de 2% ao ano. O ponto mais interessante será como o Comitê avalia a pressão de alta nos preços dos alimentos, e se essa pressão tem força suficiente para deslocar a inflação de volta para a faixa da meta.

Os bons resultados da economia chinesa animaram os investidores. No início dos negócios, os contratos futuros de Ibovespa e do índice americano S&P 500 estão registrando alta, com o Ibovespa rondando 101 mil pontos. O principal indicador do mercado acionário brasileiro retornou ao patamar de 100 mil pontos na segunda-feira.

Redação Mercado News

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